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Seguros de vida em alta: entenda como violência e crise influenciam a decisão dos baianos

Valor pago às seguradoras este ano foi quase R$ 40 milhões maior que em 2024

  • Foto do(a) author(a) Maria Raquel Brito
  • Maria Raquel Brito

Publicado em 19 de setembro de 2025 às 06:00

Médico solicita exame
Médico solicita exame Crédito: Reprodução

Os baianos têm aderido cada vez mais aos seguros de vida. Nos seis primeiros meses deste ano, o valor pago às seguradoras, chamado prêmio, foi quase R$40 milhões maior que o mesmo período de 2024, indo de R$409.7 milhões para R$448.4 milhões. Os dados são da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), do Ministério da Fazenda.

O salto mantém a evolução que acontece desde 2023, quando o valor de prêmios na Bahia foi de R$366.2 milhões. O crescimento registrado de lá para cá equivale a 22,4%.

Esse aumento expressivo pode estar relacionado a diversos fatores, como explica a corretora franqueada Marina Calazans. Segundo ela, a sensação de insegurança é um desses fatores. “Quando a população percebe um aumento da violência, criminalidade ou instabilidade social, é natural que busque formas de proteção e o seguro de vida entra justamente como uma dessas ferramentas”, diz a especialista, que atua como Life Planner na seguradora Prudential do Brasil.

Calazans cita ainda outros itens que podem ter influenciado esse crescimento, como a maior conscientização sobre a importância do seguro, aumento do acesso à informação e digitalização dos serviços e, ainda, o reflexo do pós-pandemia, que deixou um legado de maior preocupação com a saúde, a vida e a estabilidade financeira familiar. Segundo ela, o perfil de quem contrata esse seguro tem mudado ao longo dos anos.

“Antigamente, era algo mais procurado por pessoas com idade mais avançada. Hoje, vemos cada vez mais jovens, empreendedores e profissionais liberais buscando esse tipo de proteção.”

Entre 2024 e 2025, também aumentou o número de sinistros, ou seja, a indenização paga pelas seguradoras quando ocorrem eventos cobertos pela apólice, tal qual morte, invalidez ou doenças graves. Neste caso, a alta foi de 4,4%, de R$47.3 milhões para R$49.4 milhões.

“Após a ocorrência do sinistro, o segurado (ou seus beneficiários) deve realizar a comunicação formal à seguradora, a fim de que seja iniciado o processo de análise e regulação. Uma vez reconhecido o sinistro dentro das condições contratuais, a seguradora realiza o pagamento do capital segurado correspondente”, explica Marina Calazans.

Ao escolher fazer um seguro de vida, a pessoa interessada passa por uma análise de perfil, de forma a decidir qual o melhor plano para seu estilo de vida. A depender do pacote escolhido, as áreas cobertas pelas indenizações vão além dos casos mais graves.

Foi isso que o empresário Osmar Santana, de 63 anos, prezou quando escolheu aderir ao contrato, há quase 30 anos. Assim como muitas pessoas, ele decidiu fazer um seguro de vida pensando majoritariamente no bem-estar das pessoas que ama, mas as vantagens acopladas foram outros pontos decisivos.

“Algumas seguradoras dão alguns benefícios agregados, como atendimento em residência para serviços de chaveiro, eletricista, encanador. Aqui em casa a gente sempre usa, sempre chama eletricista para trocar as resistências do chuveiro, esse tipo de coisa. Eu não troco uma lâmpada”, conta.

Como funcionam os seguros de vida?

No momento em que bateu o martelo sobre assinar o contrato de proteção, Osmar sabia que ele e a família seriam amparados caso algo lhe acontecesse. Escolheu uma seguradora, o pacote que mais se adequava e se sente mais resguardado desde então. “Acho que a conscientização é muito importante nesse processo. As pessoas tomam consciência dos riscos e, ao fazer isso, começam a pensar também em seus familiares”, diz.

O pagamento, assim como os preços dos planos, variam: “a base depende do que você deseja proteger e do valor que faz sentido dentro de cada orçamento. Existem opções bem acessíveis e também proteções mais robustas”, diz a corretora Marina Calazans.

Ela explica que, ao se interessar em fazer um seguro de vida, o primeiro passo é procurar um corretor de seguros capacitado e de confiança, devidamente habilitado e registrado na SUSEP, para que seja realizada a análise do perfil e das necessidades de cada um, a partir de critérios como idade, profissão, estilo de vida, responsabilidades financeiras e objetivos.

Depois, normalmente acontecem outras três etapas: a simulação, em que são apresentadas propostas personalizadas com valores de cobertura e prêmios mais acessíveis; contratação, em que, após escolher a melhor opção, é emitida a apólice; e, por fim, o acompanhamento contínuo do corretor de seguros de vida ao cliente, com a atualização da apólice conforme a vida e as necessidades do contratante evoluem.

“O ideal é sempre contratar um seguro antes de precisar, quando ainda está saudável e ativo, pois isso garante acesso a melhores condições e preços”, pondera Calazans.