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Funcionários pressionam Petrobras durante ato em Salvador

No Itaigara, categoria pediu fim dos equacionamentos do plano de previdência e o pagamento de dívidas com o fundo de pensão

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  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 21:49

Petroleiros durante protesto no Itaigara Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Centenas de aposentados e pensionistas da Petrobras se reuniram por volta das 8h desta quarta-feira (23) em frente ao Edifício Torre Pituba, no Itaigara, para pressionar a empresa a pagar suas dívidas com o fundo de pensão e pedir o fim dos equacionamentos da Petros, como é chamado o fundo de pensão que complementa a aposentadoria dos funcionários.

O ato foi organizado pelo Fórum Baiano em Defesa da Petrobras, Petros e AMS, em resposta à convocação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), e reuniu sindicatos e manifestantes da capital e do interior. Com cartazes e faixas, eles reclamaram dos prejuízos que os descontos provenientes das cobranças feitas pelos Planos de Previdência Complementar do Sistema Petrobras refletem no contracheque da Petros.

null Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

"Os altos descontos nos nossos contracheques para pagar o déficit da Petros fizeram ressurgir nos aposentados a sede de justiça através da luta. Criamos um forte grupo para fazer mobilizações a fim de cobrar responsabilidades da Petrobras e Petros pela nossa difícil situação financeira", relatou a aposentada Lindomar Nascimento, de 63 anos.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Radiovaldo Costa, cerca de 60 mil brasileiros aposentados pela Petrobras sofrem com esses descontos. Desse número, aproximadamente 18 mil aposentados são baianos e têm uma cobrança mensal de 20% na sua renda da Petros.

"Consideramos essa cobrança injusta e extremamente prejudicial, por isso, estamos fazendo a mobilização. Esse já é o segundo ato nacional para pressionar a direção da Petrobras, que controla os fundos de pensão Petros, para encontrar uma saída para essa cobrança dos equacionamentos", afirma Radiovaldo.

Ele acrescenta que, apesar de ter o segundo maior plano de fundo de pensão do país, a categoria não tem acesso completo a esse recurso por haver um déficit de quase R$ 42 milhões que inviabiliza o pagamento de todas as aposentadorias dos participantes e assistidos de duas categorias do plano.

"A Petrobras está fazendo o que está previsto na legislação, que estabelece que metade desse déficit tem que ser pago por ela e a outra metade por todos os participantes desse plano, que resulta nessa cobrança de 20% até o fim da vida. Então, o que estamos querendo é que, além dos R$ 21 bilhões que a lei já determina que ela pague, a Petrobras assuma também assuma os R$ 21 bilhões que caberiam a nós", esclarece.

Outro lado 

Em resposta ao CORREIO, a Petrobras informou que segue a regra de paridade contributiva e arca integralmente com a sua parcela de contribuição para equacionamento do déficit apurado pela Petros, realizando o seu pagamento de acordo com a norma vigente e as orientações do TCU.

A empresa disse ainda que entende e respeita todas as manifestações e segue aberta para o diálogo respeitoso sobre temas que impactam seus empregados e demais parceiros de interesse.

Atualmente, um grupo de trabalho com consultores técnicos, representantes do interesse da Petrobras e representantes do interesse dos aposentados da empresa estão analisando todas as questões que envolvem a cobrança da categoria.