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Larissa Almeida
Publicado em 18 de junho de 2024 às 05:45
Nos próximos meses, as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar de Salvador vão poder contar com mais uma ferramenta de denúncia contra agressões motivadas por questão de gênero. Isso porque, de acordo com o decreto que instituiu a Patrulha Guardiã Maria da Penha, ronda especializada da Guarda Civil Municipal (GCM), na tarde desta segunda-feira (17), será também implementado o ‘Botão Lilás’, ferramenta tecnológica similar ao Botão do Pânico, que tem como intuito acionar autoridades em casos de violência contra mulheres. >
Atualmente, as vítimas desse tipo de crime podem recorrer, no âmbito municipal, à Casa da Mulher Brasileira através de atendimento presencial ou pelo número (71) 3202-7390. Com a implementação do Botão Lilás, que deverá funcionar como um aplicativo para celulares, a mulher que precisar denunciar seu agressor e pedir abrigo deve apertar o botão e se conectar automaticamente a uma central. >
“Essa central é em um aplicativo no qual essa mulher vai acionar a rede, sinalizando a localização dela e o pedido de ajuda. É isso que estamos customizando. Estamos na construção para que funcione efetivamente. Inicialmente, o Botão Lilás vai começar se conectando com a nossa Guarda Civil, podendo, inclusive depois, utilizar outros serviços para isso também”, afirmou Fernanda Lordêlo, titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).>
Uma vez que receber o pedido de ajuda com localização, a Guarda Civil Municipal, através da Patrulha Guardiã Maria da Penha, vai encaminhar a vítima para o primeiro local que ela precisar ser atendida. “Se essa mulher estiver muito machucada, talvez a unidade de saúde seja o primeiro local para onde essa mulher precisa ser deslocada. A partir desse momento, eles já vão acionar a Casa da Mulher Brasileira, sinalizando que está com essa vítima numa unidade de saúde. Cada caso é avaliado e é por isso [que existe] a necessidade de termos um trabalho especializado para identificar a violência sofrida, a necessidade de cada uma, a emergência e a urgência”, completou a secretária.>
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro>