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Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 10:25
Com a proximidade do Natal e do réveillon, tutores de pet que irão viajar já começam - ou deveriam - a programar a vida do cãozinho ou do gatinho neste período festivo. >
Esta época do ano é a mais disputada nos hotéis pet. “A demanda de hospedagem chega a crescer 100% na segunda quinzena de dezembro, pois além do verão e das festas de Natal e Réveillon, o período coincide também com as férias de muitos. Ou seja, mais clientes viajam e a opção que eles encontram é hospedar seus pets em hotéis como o nosso“, afirma Luis Fernando Pereira, sócio do Club do Focinho, localizado em Piatã, em Salvador.>
Rotinas de recreação, descanso monitorado e medidas contra o estresse dos fogos fazem parte da programação especial desta época.>
“Nós temos ceia para os pets, festinha de ano novo (acontece antes da virada do ano), maior monitoramento, natação e serviço de banho”, detalha Fernanda Oliveira, sócia da Hospedagem Afetiva, que fica no bairro de Itapuã. >
Tanto Luis Fernando quanto Fernanda deixam claro que a prioridade para hospedagem é de cães que já frequentem rotineiramente os espaços, portanto, caso seja a primeira vez do cãozinho é preciso se apressar. “Temos dois perfis de hospedagens, sendo que a dos cães novos acabam se esgotando logo na primeira semana de dezembro, pois é preciso um tempo para que o cão faça a triagem, a adaptação e a hospedagem teste”, esclarece Luis Fernando. >
E quando bate aquela saudade? “Nós temos um grupo no WhatsApp com todos os tutores e as fotos e vídeos dos pets são encaminhados por lá durante o dia todo. Não temos horários específicos, vamos mandando de acordo com a rotina deles, mas são várias atualizações”, conta Fernanda. >
Os preços das diárias, para esta época do ano, variam entre R$ 100 (para alunos da creche) e R$ 120. Há ainda opções de pacotes, com desconto, para períodos acima de 10 dias. >
Fogos >
Uma das grandes preocupações dos tutores nestes períodos festivos são os fogos de artifício. É preciso ter cuidado também com os riscos na ceia: uva, chocolate, temperos e embutidos podem causar intoxicação. >
“Alguns alimentos podem ser oferecidos com moderação, como peito de frango ou peru cozidos sem temperos e ossos, além de legumes cozidos como abóbora, cenoura e chuchu. Algumas frutas também são permitidas, como maçã e melancia sem sementes. Mesmo assim, é essencial considerar o histórico de saúde de cada pet e seguir orientação prévia do médico veterinário”, afirma a médica veterinária Maielle Passos. >
Sobre os fogos, Maielle alerta: “cães e gatos possuem audição muito mais sensível que a nossa e os fogos produzem sons intensos e imprevisíveis. Para muitos animais, isso é interpretado como perigo, desencadeando ansiedade, medo e comportamento de fuga”. Por isso, a veterinária indica escolher locais com profissionais capacitados e onde o pet já tenha se adaptado previamente. “Além disso, o tutor deve informar detalhadamente o histórico clínico e as necessidades específicas do animal ao estabelecimento”, diz. >
Pensando no conforto da beagle Paçoca, a médica veterinária Dellane Tigre escolheu deixá-la no Club do Focinho, local que ela frequenta há quatro anos. >
“Minha cadela é hóspede frequente, principalmente nas férias escolares em janeiro, Carnaval e no recesso de São João. A experiência que temos no Club é de 100% de satisfação pois o cão fica em segurança, se alimentando e brincando regularmente e qualquer tipo de dúvida eles entram em contato imediatamente com o tutor. Recebemos fotos e boletins diários das atividades do cão, o que nos deixa mais tranquilos estando longe”, revela Dellane. >
Petsitter >
Para cães que, por algum motivo não consigam se hospedar, e especialmente gatos, que não gostam de sair de casa, há opção de petsitter, que cuidam dos animais nas próprias residências dos tutores. >
“Durante o fim do ano, costumo cuidar tanto de gatos quanto de cães, mas noto que a maioria dos meus clientes são felinos. Isso porque muitos gatos, especialmente aqueles que nunca saíram de casa, têm um nível de adaptação difícil em ambientes novos, o que torna a hospedagem em hotéis ou até mesmo em casa de familiares um desafio para eles”, conta Marina Lago Seixas. >
Diferentemente dos hotéis, não é necessário uma preparação prévia do tutor. “O tutor apenas precisa fornecer as informações essenciais para o funcionamento da rotina do pet: local onde estão remédios, alimentos, brinquedos, coleiras, produtos de limpeza e contatos de veterinários e petshops de confiança, caso seja necessário algum atendimento ou compra durante sua ausência”, diz o estudante de medicina veterinária Thiago Mattos, que atua como petsitter. >
Os valores das diárias, segundo Marina e Thiago, variam de R$ 55 a R$ 100, a depender da localização da casa, se haverá ou não necessidade de passeio e da quantidade de animais.>