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Projetos baianos captam mais de R$ 23 milhões no Petrobras Socioambiental 2023

As quatro organizações selecionadas vão atuar em municípios do Litoral Norte com comunidades tradicionais e rurais

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 05:00

Anne, Tatiana e  Gisleide tiveram projetos selecionados Crédito: Wendel de Novais/CORREIO

A Bahia é sede de quatro dos 31 projetos selecionados no Petrobras Socioambiental 2023, que apoia iniciativas focadas na conservação e no incentivo de atividades sustentáveis em áreas onde a empresa tem atuação. Até por isso, todos os projetos baianos com aprovação no edital têm como foco o trabalho em municípios distribuídos pelo Litoral Norte, região em que a empresa atuou por anos.

Estes quatro, inclusive, reúnem a princípio cerca de R$ 23 milhões em investimentos da empresa para o Socioambiental, sendo que cada um ficou com R$ 5,9 milhões aproximadamente. O valor supera porcentagem de 10% do dinheiro total destinada para o edital deste ano, que conta com R$ 212 milhões, um recorde histórico do programa, que existe há 13 anos e teve 451 projetos inscritos em 2023.

Entre os quatro projetos, está o Territórios em Ação, da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Estado da Bahia (Unisol-BA). A iniciativa foca na geração de trabalho, emprego e renda através de cooperativas e associações, sempre no recorte da inclusão de mulheres e jovens, incentivando o potencial produtivo, como explica Anne Sena, presidente da Unisol na Bahia.

"Aquela região sofre uma degradação muito grande em atividades econômicas de pescadores, marisqueiras e catadores. A gente reuniu em uma rede organizando as comunidades para formação de uma estrutura de produção, focando em capacitação em áreas como tecnologia, marketing e logística", diz.

O projeto vai atender 20 comunidades das cidades de Araçás, Alagoinhas, Candeias, São Sebastião do Passé, Entre Rios e Catu. Segundo a Unisol, serão promovidas ações como a realização de festivais para ajudar no reconhecimento de origem, visto que a região compreende zonas quilombolas e muitos ainda não se entendem como parte dos povos tradicionais.

Extensão e capacitação

Outro projeto que vai atuar com as mesmas comunidades é o Trilhas Solidárias, da Fundação de Apoio à Pesquisa e a Extensão (Fapex). Este visa construir uma rede de intercooperação e desenvolvimento territorial sustentável integrando agricultores familiares e suas organizações com estudantes e professores da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

"As comunidades terão oportunidade de inserção sócio-produtiva, a partir da ação de uma universidade pública. A integração será vinculada a estudantes dos cursos de nutrição, agroecologia, ciências agrárias, tecnologia em alimentos, letras e comunicação", explica Tatiana Velloso, professora da UFRB.

No projeto do Semeando o Bem Viver, do Movimento Organização Comunitária (MOC), o trabalho também é direcionado para agricultores familiares. As ações são voltadas à capacitação de agentes de desenvolvimento comunitário e equipes técnicas para melhoria nos processos de gestão e produção.

As três organizações são diferentes, mas têm histórico de atuação e acreditam que podem se complementar. É o que aponta Anne Sena, destacando que, apesar de cada uma ter sua agenda, reuniões conjuntas serão realizadas para entender como gerar ainda mais impacto nas comunidades com os projetos.

Projetos baianos foram selecionados na categoria 'Desenvolvimento Sustentável' Crédito: Petrobras

O Senai é quem conduz o Qualifica Ouro Verde, quarto projeto baiano selecionado no edital. Com atuação nas mesmas cidades das iniciativas anteriores, este promove a capacitação profissional de jovens e adultos das comunidades por meio de oficinas, cursos, palestras e atividades pedagógicas. Ao todo, o Qualifica estima atingir mais de mil pessoas com o projeto, que assim como os outros, tem previsão de início em janeiro de 2024 e é feito para ter uma duração de três anos.

A parceria com o Senai, bem como outras entidades, tem a intenção de, além de beneficiar áreas com atuação histórica da Petrobras, reposicionar a empresa após a privatização da Refinaria de Mataripe e, consequente, redução do impacto dela em território baiano. É isso o que indica José Maria Rangel, gerente executivo da Petrobras.

"A Petrobras se reposiciona na área social. Nos últimos anos, a empresa fez o movimento de sair da Bahia. Porém, entendendo a responsabilidade que tem quando chega e quando sai, mantivemos uma série de projetos no estado e estamos ampliando no processo de volta", fala.

Ele cita ainda que o retorno não se limita a execução de projetos socioambientais como os quatro selecionados. "Conseguimos a reabertura do edifício de trabalho da empresa na Pituba, estamos mantendo os projetos e temos ainda a possibilidade de perfuração de vários poços na Bahia, ainda na região do Litoral Norte. Então, o reposicionamento não é só social, mas também operacional", completa.

Após a divulgação dos resultados do Petrobras Socioambiental 2023, os projetos passarão pela análise de risco de integridade, realizada conforme critérios utilizados pela empresa, e por uma etapa de ajustes para atender aos padrões de prestação de contas técnicas.