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Wendel de Novais
Publicado em 24 de julho de 2025 às 15:30
‘Salvador está virando o Rio de Janeiro’ se tornou uma frase comum entre soteropolitanos em conversas sobre a violência armada por aqui. De acordo com dados do Anuário de Segurança Pública de 2025, entretanto, considerando a taxa de mortes violentas, a capital baiana está bem à frente da fluminense. >
Ao longo do ano de 2024, período apurado pelo levantamento divulgado nesta quinta-feira (24), Salvador teve uma taxa de 52 mortes violentas por 100 mil habitantes. O número representa mais que o dobro dos registros do Rio de Janeiro que, por sua vez, tem taxa de 20,4. No quantitativo bruto, a capital fluminense, que tem mais de 6,2 milhões de habitantes, teve 1.375 mortes violentas.>
Já Salvador, que tem 2,2 milhões de habitantes, registrou 1.335 mortes violentas no mesmo ano. Ou seja, mesmo com o número de habitantes muito inferior, a capital baiana teve apenas 40 mortes violentas a menos. Além de Salvador, capitais do Norte e Nordeste fecham o top 5: Macapá (44,3), Recife (39,1), Maceió (38,6) e Porto Velho (36,5). >
Salvador é a cidade com maior taxa de mortes violentas
Dentre as mortes violentas registradas, 420 aconteceram por intervenção de agentes de segurança do estado na capital. O número, no entanto, é menor do que o registrado em 2023, quando 457 pessoas morreram em ações das polícias Militar e Civil em Salvador. Por outro lado, assim como em 2023, quatro agentes de segurança morreram em serviço. >
Em relação a cidades como um todo, pelo terceiro ano consecutivo, o estado tem ao menos cinco municípios entre os 10 com maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes em todo o Brasil. São elas: Jequié, que ocupa o segundo lugar do ranking, Juazeiro, que está em terceiro, Camaçari, na quarta posição, e Simões Filho e Feira de Santana que, respectivamente, são ocupantes da sétima e décima colocação do ranking.>
Com relação à taxa de homicídios por estado, a Bahia ocupa a vice-liderança no país, com 40,6 mortes por 100 mil habitantes, atrás apenas do Amapá, com taxa de 45,1. >
Veja imagens das cinco cidades baianas no ranking indesejado