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Sindicato se manifesta após médica ser vítima de estupro em unidade de saúde em Salvador

Profissional de 33 anos foi atacada por homem que se passou por paciente na capital baiana

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 6 de dezembro de 2025 às 17:16

Policiamento foi reforçado na unidade após caso de violência sexual
Policiamento foi reforçado na unidade após caso de violência sexual Crédito: Divulgação

O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) se manifestou oficialmente após uma médica de 33 anos ser vítima de estupro durante o trabalho na Unidade Básica de Saúde Sérgio Arouca, no bairro de Paripe, em Salvador. Em nota assinada pela presidente da entidade, Rita Virgínia Marques Ribeiro, o sindicato afirma que classe médica está unida para fortalecer a proteção no ambiente de trabalho e que repudia a violência contra a mulher.

"Por respeito à vítima, não serão divulgados detalhes do ocorrido. O sindicato está oferecendo todo o suporte necessário e seguirá atuando para garantir a integridade e a segurança de todos os profissionais", diz o posicionamento enviado ao CORREIO neste sábado (6). 

"A classe médica está unida para fortalecer a proteção no ambiente de trabalho e repudia de forma absoluta qualquer violência contra a mulher. Confiamos na Justiça e esperamos que o responsável seja punido conforme a lei", acrescenta a presidente do sindicato. 

O crime

Na última quinta-feira (5), uma médica de 33 anos foi estuprada enquanto realizava atendimentos na Unidade Básica de Saúde Sérgio Arouca, no bairro de Paripe, em Salvador. Segundo o médico Yuri Serafim, vice-presidente do Sindimed, o homem se passou por paciente, trancou a porta do consultório e tirou a roupa.

Ele estava sozinho com a médica na sala. Após se despir, o agressor se masturbou, partiu para cima da vítima e tentou agarrá-la. A médica gritou e tentou abrir a porta do consultório, sendo agredida pelo homem.

Por sorte, um representante de medicamentos que estava na unidade de saúde percebeu a movimentação e conseguiu entrar no consultório. O suspeito foi contido por funcionários e populares até a chegada da polícia e encaminhado à Central de Flagrantes. Segundo a Polícia Civil, o homem passou por exames de lesões corporais e permanece à disposição do Poder Judiciário.

A médica precisou ser afastada da unidade de saúde e está abalada após o ocorrido. "O pior de tudo é que os médicos são contratados como pessoas físicas, sem qualquer tipo de direito, como um afastamento por motivo de saúde. Mesmo tendo sido vítima de violência, ela não pode deixar de trabalhar", afirma Yuri Serafim. O sindicato que representa a categoria presta apoio à vítima.

O agressor, que é paciente da UBS Sérgio Arouca, já teria assediado outras funcionárias da unidade. Na quinta-feira (4), ele disse que procurou atendimento médico para tratar de fimose - excesso de pele que recobre o pênis. A UBS fica ao lado de uma unidade da Polícia Militar.

Apesar de o contato entre agressor e vítima não ter tido penetração, o caso pode ser enquadrado como crime de estupro. Segundo a legislação brasileira, o estupro consiste em constranger a vítima mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar qualquer outro ato libidinoso. Logo, o crime configura-se não só com o ato sexual em si, mas também com a prática de ato libidinoso, sem o consentimento da vítima.

Reforço na segurança 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador anunciou que colocou em prática um protocolo de reforço de segurança na Unidade Básica de Saúde (UBS) Sérgio Arouca após o registro de violência sexual. De acordo com a pasta, a UBS passou a contar com policiamento no local até que câmeras sejam instaladas.

Na sexta-feira (5), um dia após o episódio de violência sexual contra a profissional, uma visita técnica foi realizada para mapear a unidade de saúde tendo em vista a instalação de kit de câmeras e alarme. Os equipamentos começarão a ser instalados na próxima terça-feira (9).

Para garantir proteção imediata, a unidade passou a contar, também a partir de hoje (05), com policiamento no local até a completa implantação do sistema de vigilância. "A SMS manifesta total solidariedade à profissional e à equipe da UBS Sérgio Arouca, que também foi profundamente impactada pelo ocorrido. Toda a assistência necessária está sendo assegurada", diz a secretaria.

O que diz o sindicato 

"O Sindimed-BA informa que houve uma tentativa de violência sexual contra uma profissional de saúde durante o exercício de suas funções. O agressor foi imediatamente detido.

Por respeito à vítima, não serão divulgados detalhes do ocorrido.

O sindicato está oferecendo todo o suporte necessário e seguirá atuando para garantir a integridade e a segurança de todos os profissionais.

A classe médica está unida para fortalecer a proteção no ambiente de trabalho e repudia de forma absoluta qualquer violência contra a mulher.

Confiamos na Justiça e esperamos que o responsável seja punido conforme a lei.

Reforçamos a importância de que toda a sociedade se una no combate e na denúncia de qualquer forma de violência.

Rita Virgínia Marques Ribeiro

Presidente do Sindimed-BA".