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Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2023 às 18:36
“Ele olhou para a cara da gente e sorriu. É capaz dele sair pela porta da frente.” É com indignação que Edna, madrinha e mãe de consideração de Raquel da Silva Almeida, descreve o momento em que Diego Andrade entrou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para se entregar, na tarde desta segunda-feira (25). De acordo com ela, ele estava acompanhado de dois advogados. >
“A família vai ter que ficar presa, porque se um homem desses ficar na rua, pode fazer qualquer coisa com qualquer um, com o padrasto dela, comigo, que botei minha cara a tapa e disse que queria justiça”, afirma Edna.>
Ele foi ouvido pelos delegados enquanto a família da vítima aguardava do lado de fora do prédio. Os familiares de Raquel também serão ouvidos nesta segunda-feira. >
Diego Andrade era casado com Raquel desde 2022. Ele é suspeito de ter matado a golpes de faca a esposa e ferido o enteado, de 11 anos, em Massaranduba, na noite de domingo (24). A criança segue internada em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE).>
“Ele está oscilando. Não sei se essa criança vai ficar viva, a gente pede a Deus que fique. Mas vai ser uma criança traumatizada, com sequelas”, diz Edna.>
Ariele Almeida, irmã de Raquel, afirma que Diego tentou denunciar o pai da criança como autor dos crimes. O homem foi intimado para depor enquanto acompanhava o filho no hospital. “Foi Diego quem matou. Ele quis colocar a culpa em outra pessoa para livrá-lo do flagrante, achando que a gente não ia recorrer”, diz>
O corpo de Raquel será enterrado nesta terça-feira (26), no cemitério de Periperi. >
A Polícia Civil foi procurada sobre a rendição de Diego, mas não houve resposta até o fechamento da matéria.>
Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, foi encontrada morta no domingo (24) em sua casa, no bairro de Massaranduba, com diversos ferimentos pelo corpo. O filho dela, um menino de 11 anos, também foi ferido com golpes de arma branca. Diego Andrade, com quem Raquel tinha um relacionamento há três anos e era casada há um, é o principal suspeito.>
Quando os familiares chegaram ao prédio, a criança estava no sofá, bastante ferida, mas ainda respirava. Antes de entrar na sala de cirurgia, ele contou que fingiu de morto para sobreviver. O estado de saúde é considerado grave. >
No domingo, a família ouviu um barulho vindo do último andar do pequeno prédio em que eles moravam, na Rua do Tubarão, mas não ouviram gritos e nem pedidos de socorro. >
A família acredita que esse foi o momento do crime. No dia seguinte, o casal e a criança não saíram de casa, até que no final da tarde Diego desceu as escadas carregando uma mochila, fechou o portão e não foi mais visto. Alguns minutos depois, ele teria mandado uma mensagem no grupo de amigos contando que havia matado Raquel e o menino, e que iria se entregar para a polícia.>
A mulher morreu ainda no local, por conta da gravidade dos ferimentos. A área foi isolada e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para a remoção do corpo e realização de perícia. Raquel tem outro filho, mas que mora com o pai e não estava no imóvel no momento do crime.>