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Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2024 às 20:48
Teve início na manhã desta segunda-feira (22) o julgamento dos suspeitos de matar o policial federal Lucas Caribé durante uma ação no bairro de Valéria em Salvador, em setembro de 2023. Seis testemunhas estiveram presentes na audiência: cinco presencialmente e uma de modo remoto. As audiências de instrução acontecem na 2ª Vara Federal Especializada Criminal, no bairro de Sussuarana.
Segundo a Justiça Federal, os depoimentos foram gravados em sistema audiovisual, com gravação em mídia digital, que será utilizada junto aos autos do processo.
O policial Vockton Carvalho Freire, também baleado durante a operação, esteve na audiência e foi ouvido.
Os dois réus são Pablo Ribeiro de Moura e Ueslei Marcos do Nascimento Argolo. Os dois suspeitos participam das audiências remotamente, estando os dois detidos na Penitenciária Federal de Rondônia, em Porto Velho e na Cadeia Pública de Salvador, respectivamente Pablo e Ueslei.
De acordo com a Justiça, uma nova audiência acontece nesta terça-feira (23) às 14h, quando serão ouvidas as demais testemunhas do MPF. O julgamento seguem até a quarta-feira (24), quando os réus devem ser ouvidos, de acordo com informações da TV Bahia.
O Ministério Público Federal (MPF) foi procurado pelo CORREIO, mas informou apenas que o caso é sigiloso, não sendo possível a divulgação de informações. O processo tramita na Justiça Federal da Bahia, que também foi procurada, mas não emitiu respostas ao questionamentos a cerca do julgamento dos réus.
O policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida morreu durante a operação batizada de 'Fauda' na manhã de sexta-feira, 15 de setembro de 2023, no bairro de Valéria, em Salvador.
Além de Caribé, outros dois policiais foram baleados: o civil Vockton Carvalho e a federal Hosannah Carneiro.
Cerca de 100 policiais civis, militares e federais cumpririam os mandados judiciais, mas foram surpreendidos pela presença de integrantes de uma facção no bairro. Segundo testemunhas, havia cerca de 40 criminosos. O helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) foi acionado, e a PF chamou o 'caveirão' blindado.
Granadas foram lançadas sobre os policiais e até tiros de fuzil. Quatro homens suspeitos de participar da quadrilha foram mortos, mas apenas um teve a identificação divulgada. Uélisson Neves de Brito, conhecido como Cara Fina, era considerado perigoso e estava no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Ele tinha mandado de prisão em aberto e era investigado por tráfico de drogas e organização criminosa. Mais dois suspeitos foram mortos no dia seguinte em Mirantes de Periperi.
Em 1º de março deste ano, o suspeito de ser mandante do ataque foi morto durante operação em Dias d’ Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). "Seco", como era conhecido Jailson Almeida dos Santos, tinha três mandados de prisão em aberto, pelos crimes de homicídios e tráfico de drogas.