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União entre educação e tecnologia implementa laboratórios em escolas da Bahia

Robótica, games, cultura maker e idiomas estão entre as opções para que os estudantes escolham se aprimorar

  • Foto do(a) author(a) Yasmin Oliveira
  • Yasmin Oliveira

Publicado em 21 de agosto de 2024 às 05:15

Pelo menos uma vez na semana, os estudantes são levados para o laboratório
Pelo menos uma vez na semana, os estudantes são levados para o laboratório Crédito: Divulgação

A união entre educação e tecnologia foi implementada em laboratórios lotados de ferramentas tecnológicas pensadas para a formação socioemocional e outras habilidades. Mais de 12 mil estudantes e 240 educadores em 28 escolas da rede pública da Bahia estão sendo contemplados com cursos de robótica, games, cultura maker e idiomas.

Em Conceição da Feira, 1.475 alunos contam com os cursos de games, robótica e cultura maker, em duas escolas. Em Coração de Maria, os cursos de cultura maker e games atendem quatro escolas e 1.416 estudantes. Na cidade de Feira de Santana, são 22 escolas e cerca de 10 mil estudantes com os cursos de games, robótica e inclusão de kits makers.

A Educação 7.0 está sendo implementada pela empresa pernambucana Dulino, em parceria com as prefeituras. Cerca de 239 professores também acessam a metodologia com o suporte de consultoria da Dulino, além de estarem recebendo capacitação para preparar suas aulas com o auxílio e recursos dos laboratórios.

“Já que a indústria está na versão 6.0, com essa chegada da inteligência artificial, nós, enquanto educadores, precisamos estar à frente para poder apresentar esse mundo aos alunos”, relata o CEO da Dulino, Raphael Gadelha.

Os equipamentos permitem que os estudantes manuseiem ferramentas e se desafiem no planejamento e montagem de projetos, tendo acesso a ensinamentos sobre programação e desenvolvimento tecnológico, aproveitando a infraestrutura própria das escolas ou ofertando todos os equipamentos necessários para essas atividades.

Para Davi Saturnino dos Santos Brandão, 14, a introdução da Educação 7.0 em seu cotidiano escolar está tornando a tecnologia mais próxima dos alunos e mostrando que ela pode andar junto com a educação.

“Melhorou a minha curiosidade e criatividade na área de tecnologia e me ajudou a colocar em prática esses conhecimentos. É uma forma de aprofundar meu conhecimento em tecnologia fora das redes sociais”, explica o aluno da Hérlio Mascarenhas Cardoso, em Conceição da Feira.

A mãe de Davi, Lícia Saturnino dos Santos Brandão, 52, se alegrou com a oportunidade de completar a educação do filho. “Saber que meu filho vai estar ainda mais preparado para o futuro é de uma satisfação muito grande. Ele fica fascinado com a possibilidade de aprender sobre robôs e a usar muito mais computadores dentro da sala de aula. Dá gosto ver ele com vontade de ir para as aulas e aprender mais", relata.

Nas aulas diárias, alunos e professores contam com o auxílio de um monitor educacional, de acordo com o cronograma anual da metodologia Dulino. As aulas são transdisciplinares, com o professor da escola utilizando laboratório para ministrar suas atividades e assuntos específicos adaptados à metodologia Dulino, além de trabalhar também conteúdos curriculares de forma lúdica.

As aulas acontecem, pelo menos, uma vez na semana e as turmas vão para o laboratório imergir nos cursos disponíveis, divididos por academias: a academia de robótica (Robotics Academy) é onde blocos de montar, linguagem de programação e software, mecânica e mecatrônica são utilizados para o ensino da robótica educacional; a academia de games (Game Academy) é onde o estudante pode aprender a desenvolver e criar seus próprios jogos; a academia de cultura maker (Maker Academy) traz kits e ferramentas eletrônicas para desenvolver produtos atrelados à impressão 3D e marcenaria 4D; e a academia de idiomas (English Academy), onde a filosofia do English Interaction e a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABProj) se une ao uso de ferramentas tecnológicas.

Os alunos são separados em grupos para participar das aulas de cada academia. Eles também têm acesso a livros, e-books, computadores, tablets e materiais recicláveis. Segundo Gadelha, a preferência e o interesse de 88% dos alunos é nos games, e a Dulino ainda busca impactar 1 milhão de pessoas, desde alunos até professores, através da união entre tecnologia e educação até 2030.

“É importante ressaltar que a gente sabe que o uso de telas em excesso promove também a ansiedade, a depressão. Então temos a responsabilidade de, com boas práticas metodológicas e exclusivas nossas, de poder introduzir esses jogos, esses games no cotidiano dessas cidades”, explica Raphael Gadelha.

Na experiência da professora Cláudia Elisa Souza, a resposta dos estudantes à Educação 7.0 está extremamente positiva, inclusive para os alunos com TEA, os alunos com PCDs, que enfrentam dificuldade. Todos os estudantes passaram a ter mais atenção e mais interesse em aprender, sempre perguntando o que irá acontecer na escola e ansiosos paras aulas do curso de robótica.

“O laboratório tem sido uma ferramenta muito valiosa para inclusão dos alunos. Hoje, a escola onde eu trabalho, a Hérlio, conta já com alunos desenvolvendo pesquisas e se interessando cada vez mais em participar das atividades implementadas pela educação 7.0.”, explica.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo