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Larissa Almeida
Publicado em 8 de julho de 2024 às 05:00
Na lista de motivos para a inadimplência, o cartão de crédito aparece como o grande vilão. Na Bahia, 33% do total de 4.570.611 pessoas endividadas têm os bancos e o cartão de crédito como motivo da dívida, conforme mostrou a Serasa, empresa brasileira que registra o comportamento financeiro dos consumidores, em março deste ano. No entanto, o cartão de crédito, por si só, não justifica a vilania. Os verdadeiros responsáveis pelo débito acumulado são os juros rotativos - cobrados quando um usuário de cartão de crédito não faz o pagamento total da fatura até a data de vencimento. >
“O rotativo do cartão de crédito é uma das piores dívidas que pode existir junto com o cheque especial. São os maiores juros aplicados no mercado. As pessoas precisam entender que a instituição bancária e financeira está emprestando dinheiro e isso vai ter custo, que são os juros”, explica o economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA), Edval Landulfo.>
Para evitar os juros rotativos do cartão, o especialista orienta que o consumidor, antes de comprar no cartão de crédito, busque fazer uma renda extra na tentativa de só usar o cartão para casos essenciais e emergenciais. Se for necessário usar, a recomendação é ficar de olho no impacto da compra no orçamento.>
“Quando procuramos planejar todo tipo de compra e gasto, temos a vantagem de obter alguns descontos nos juros. Às vezes, a pessoa tem o otimismo de que terá o suficiente em um mês para pagar o cartão de crédito e isso não acontece na maioria das vezes. Então, o ideal é que qualquer compra no cartão de crédito seja pensada, repensada e anotada”, indica.>
Confira abaixo as dicas de Iratan Vilas Bolas, diretor da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado da Bahia (Procon-BA), para evitar os juros rotativos do cartão de crédito: >
1. Pesquisar os preços dos produtos; >
2. Evitar compras motivadas por compulsão; >
3. Pagar preferencialmente à vista; >
4. Negociar valores e descontos nas compras; >
5. Controlar o orçamento financeiro doméstico >
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro >