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Veja por que cresceu o número de queimaduras por caravelas nas praias de Salvador

Mais de 70 pessoas foram queimadas por caravelas-portuguesas na capital em 2024

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2024 às 06:15

Caravelas portuguesas
Caravelas-portuguesas Crédito: Shutterstock

Em 2023, Salvador registrou 16 ocorrências com queimaduras de caravelas-portuguesas. Somente neste ano, o número já é de 78 queimados, de acordo com a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), instituição vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). O aumento pode ser explicado pelo aquecimento das águas do mar, que contribui com a reprodução desse animal aquático, e devido aos fortes ventos do quadrante sul e leste.

“Como os ventos estavam mais fortes nesse último período de férias e final de semana, é possível que esse número de acidentes tenha relação com o maior número de banhistas nas praias e uma maior eficiência na notificação desses casos”, explica Cláudio Sampaio, professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Encontradas em todo oceano, as caravelas geralmente ficam em águas mais afastadas. Elas chegam às praias por causa dos ventos que sopram do oceano para o continente, que arrastam esses animais até as águas rasas. “A caravela possui um flutuador de cores vibrantes, como o azul e o rosa, e filamentos onde estão a maior parte dos cnidócitos. Esses filamentos azulados podem ser longos, passando de 1,5 m de comprimento”, continua Cláudio.

Na capital baiana, 22 pessoas foram queimadas na praia de Piatã em um único dia. Os episódios aconteceram no dia 2 de julho e acendem um alerta para banhistas. Segundo o coordenador da Salvamar Kailane Dantas, dois fatores explicam isso: fluxo de pessoas no local e o desleixo com as orientações dos profissionais. “As pessoas acabam realmente não atendendo muito as orientações dos salva-vidas", afirma.

As caravelas-portuguesas integram o grupo dos cnidários e são parentes dos corais, gorgônias, hidróides, anêmonas-do-mar e águas-vivas. Elas não atacam os humanos, no entanto, o contato físico gera queimaduras de até terceiro grau. Isso porque possuem células especializadas (cnidócitos), que, quando são tocadas, injetam uma toxina que causa um ferimento semelhante a uma queimadura. Essas células estão espalhadas em todo o corpo do animal, especialmente nos tentáculos.