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Tharsila Prates
Publicado em 14 de julho de 2025 às 22:55
O governo da Bahia e a Federação das Indústrias do Estado (Fieb) criaram um grupo de trabalho para discutir os possíveis impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, a partir de agosto, e buscar novas alternativas comerciais que protejam a economia da Bahia. >
O objetivo é indicar as estratégias mais adequadas para enfrentar a política comercial americana e construir uma agenda de trabalho positiva para assegurar os investimentos, o emprego e a renda no estado.>
A iniciativa foi definida nesta segunda-feira (14), durante reunião realizada entre o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, com a presença de secretários estaduais e representantes do setor produtivo.>
De acordo com o governo, o mercado norte-americano é responsável, atualmente, por 8,3% das exportações da Bahia. Nesse sentido, destacam-se os de celulose, derivados de cacau e pneus, todos eles com longas cadeias produtivas, o que reverbera no conjunto da atividade econômica estadual. Outros setores, como o petroquímico e alguns vinculados à mineração e ao agronegócio, também serão atingidos. Estima-se que o prejuízo para a Bahia seja em torno de R$ 2,6 bilhões.>
"Reconhecemos que a resposta aos EUA é necessária para tentar inibir esse tipo de prática. Entretanto, desejamos que essas taxas sejam revistas com diálogo, diplomacia e maturidade, sem um enfrentamento que possa prejudicar mais ainda a economia brasileira, do Nordeste e da Bahia", informou o governo estadual, em conjunto com a Fieb.>
Nesta segunda-feira, o presidente Lula assinou o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, que permitirá ao Brasil adotar medidas em resposta à taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump.>