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Brasileira morta na Argentina foi barriga de aluguel dos filhos gêmeos do assassino

Criminoso confesso, que também é brasileiro, diz que estava sendo chantageado

  • D
  • Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 12:50

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução

A brasileira Eduarda Santos de Almeida, de 27 anos, foi morta a tiros em Bariloche, na Argentina, na última semana. O assassino confesso é o também brasileiro Fernando Alves Ferreira, para quem Eduarda havia sido uma "barriga solidária", gerando filhos gêmeos para Fernando e o companheiro, Marcelo.

Fernando diz que contratou Eduarda para gerar os filhos do casal. Marcelo, contaminado com a covid-19, morreu há sete meses. Desde então, Eduarda foi morar com Fernando e os filhos.

Ele diz que Eduarda passou a fazer exigências que não faziam parte do acordado entre eles, o chantageando. Ela pedia dinheiro e ameaçava voltar para o Brasil com as crianças. Também afirmava ter ligação com o tráfico, diz.

A família de Eduarda diz que ela foi uma barriga solidária, não recebendo nada para ajudar Fernando, a quem conhecia de Angra dos Reis. "Ele era de Angra dos Reis também. Éramos amigos virtuais, nossas famílias se conheciam e ele já trabalhava no hotel junto ao marido, um argentino chamado Marcelo, que era mais velho e que já faleceu", diz o irmão dela, Wallace Oliveira, 30 anos, ao Uol.

Wallace diz que Eduarda ia temporadas para Bariloche para trabalhar em um hotel, mas passava parte do ano em Angra dos Reis, onde atuava como marinheira civil e também cursava administração. Fernando foi quem a ajudou a arrumar o trabalho por temporada no país vizinho. 

Com a amizade dos dois crescendo, Fernando sondou Eduarda para saber se ela aceitaria ser barriga solidária para ele e Marcelo - uma barriga de aluguel, mas sem pagamento, diz o irmão. "Nós da família sabíamos, e tínhamos orgulho dela por isso", afirma. 

Os gêmeos nasceram em 2019 e Fernanda aparecia como mãe nos documentos, mas eles eram cuidados por Fernando e Marcelo. No ano passado, Eduarda teve uma filha, sem relação com os amigos. O pai biológico não quis assumir a criança e Fernando pediu para constar como pai, o que foi feito, diz o irmão. 

Crime Eduarda foi baleada nove vezes em uma área turística de Bariloche. Fernando confessou o crime em uma audiência da Justiça. 

"Gostaria de receber apoio psicológico e me declaro culpado pela morte de Eduarda Santos. Sou responsável. Não planejei, mas tive a opção, considerando que minha vida estava em perigo. Desculpe, mas minha vida veio em primeiro lugar", disse o brasileiro, segundo o jornal Diário do Rio Negro.

O caso é investigado como feminicídio, que na Argentina pode até dar pena de prisão perpétua. A promotoria afirma que o crime foi premeditado. 

O corpo de Eduarda ainda aguarda traslado para o Brasil. As crianças estão sob tutela da Secretaria Nacional de Niñez, Adolescencia y Familia da Argentina. 

"Nesse momento o corpo da minha irmã faz parte de um processo criminal, então precisa-se de uma autorização do juiz para a transferência", diz o irmão. "No caso das crianças o da filha mais nova achamos que é possível que seja mais fácil essa liberação mas os gêmeos seria necessário conversar com a família remanescente do Marcelo na Argentina".