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Brasileira que caiu em trilha de vulcão foi deixada para trás por guia, diz irmã: 'Abandonada'

Ela diz ainda que governo da Indonésia está mentindo sobre resgate; jovem completa mais de 50 horas desaparecida

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 22 de junho de 2025 às 11:57

 Juliana Marins
Juliana Marins Crédito: Reprodução

A brasileira Juliana Marins, publicitária de 26 anos que caiu de uma trilha no vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia, foi deixada para trás pelo guia que a acompanhava, segundo a irmã dela, Mariana Marins, que citou a imprensa local. 

"Todas as imagens que a gente tem de Juliana são do primeiro dia, quando ela caiu. Inclusive a história de como Juliana caiu também é mentira, como foi divulgado. Juliana já estava no segundo dia de trilha, ela saiu com mais cinco outros turistas e o guia. Ela falou que estava cansada, nessa trilha do segundo dia, e precisava descansar. O guia falou então descansa e seguiu viagem. A gente tinha recebido informação que o guia tinha ficado com ela, e ela tinha tropeçado e caído. Não foi assim. O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana", diz a irmã no vídeo.

Jornais indonésios dizem que o guia, chamado Ali Mustafa, aconselhou Juliana a descansar enquanto seguia a trilha com o restante do grupo até o pico. Ele contou que depois teria retornado ao local onde Juliana ficou, mas não a encontrou mais. Procurando pela turista, ele contou que avistou uma lanterna a cerca de 200 metros abaixo e identificou que seria Juliana. O guia não tinha material necessário para o resgate e precisou pedir ajuda, de acordo com as informações. 

Acusações ao governo indonésio

Em vídeos postados em uma rede social, Mariana pede ajuda urgente para o resgate e questiona as informações repassadas pela embaixada brasileira à família. "Informações oficiais de embaixada não acreditem, porque está vindo só mentiras do governo da Indonésia e eles não checam os fatos", diz ela. "Juliana passou noite sozinha, sem comida, sem agasalho, sem água, sem nada".

Segundo a irmã, o vídeo que mostraria equipe de resgate se aproximando para entregar água e comida para Juliana é forjado. "Juliana já tinha descido mais de 300 metros na primeira queda, a equipe de resgate levou uma corda de 150 metros, ou seja, não chegava nem próxima de onde ela estava", afirmou. "Inclusive os vídeos que têm do resgate chegando até Juliana é falso, para mostrar que estavam fazendo alguma coisa e na verdade não estavam fazendo nada".

Ela afirmou ainda que o resgate foi interrompido no cair da noite do primeiro dia - há muita neblina na região e a área é de difícil acesso. "O resgate não aconteceu. 17h30 do horário local eles pararam as buscas, ninguém chegou até Juliana. Ninguém sabe onde Juliana está, ela está desaparecida". 

As últimas imagens que registram Juliana foram feitas ainda no primeiro dia, por um drone usado por turistas. Ela aparece sentada no chão e movimenta mãos. 

A família de Juliana está no Brasil, mas Mariana diz que tem contato com uma equipe de resgate que está no parque onde fica o vulcão, além de turistas que estão lá. "Não sabem onde minha irmã está. As buscas devem retomar amanhã de manhã no horário local. Juliana segue quase 50 horas desaparecida". 

A reportagem não conseguiu contato com a embaixada brasileira para comentar o caso e as acusações feitas pela família da turista brasileira.