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Xi diz que relação da China com o Brasil vive 'melhor momento' e propõe união no Sul Global

Líder chinês fala em soberania, desenvolvimento conjunto e apoio à COP de Belém em ligação com Lula

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 08:14

O presidente da China, Xi Jinping e o presidente Lula na China, em 2023
O presidente da China, Xi Jinping e o presidente Lula na China, em 2023 Crédito: Ricardo Stuckert/PR

Em conversa telefônica realizada nesta terça-feira (12), pelo horário de Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o país “está pronto para trabalhar com o Brasil para estabelecer um exemplo de unidade e autossuficiência entre os principais países do Sul Global”. A fala foi divulgada por veículos estatais chineses, como a Xinhua e a CCTV. Segundo esses meios, a ligação foi feita a pedido do presidente Lula.

O governo brasileiro também confirmou o contato, destacando que os dois presidentes discutiram temas ligados ao Brics e ao comércio bilateral. Detalhes da conversa foram divulgados pela Folha de S. Paulo. 

Na conversa, Xi reforçou o apoio de Pequim ao governo Lula em questões de soberania. “A China apoia o povo brasileiro na defesa de sua soberania nacional e apoia o Brasil na salvaguarda de seus direitos e interesses legítimos”, afirmou. O líder chinês não mencionou diretamente os Estados Unidos, mas voltou a criticar práticas comerciais que, segundo ele, prejudicam países em desenvolvimento.

Xi descreveu o atual estágio da relação bilateral como o mais positivo até agora. “As relações entre a China e o Brasil estão em seu melhor momento na história, com a construção de uma comunidade sino-brasileira com um futuro compartilhado e o alinhamento das estratégias de desenvolvimento dos dois países começando bem e progredindo de forma fluida”, disse.

Ele também apontou disposição do governo chinês em intensificar a parceria: “O lado chinês está pronto para trabalhar com o Brasil para aproveitar oportunidades, fortalecer a coordenação e proporcionar mais resultados mutuamente benéficos de cooperação”.

O presidente da China voltou a destacar o papel do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ampliado recentemente. Ele definiu o bloco como uma “plataforma-chave para construir consenso no Sul Global” e afirmou que os países membros devem “defender, juntos, as normas básicas que regem as relações internacionais e proteger os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento”.

Na agenda climática e diplomática, Xi demonstrou alinhamento com prioridades do governo brasileiro. Ele declarou que os dois países devem “construir juntos um mundo mais justo e um planeta mais sustentável”. Também afirmou ser importante “garantir o êxito da Conferência da ONU sobre Mudança Climática em Belém” e apoiar “o papel do grupo Amigos da Paz na facilitação da solução política da crise na Ucrânia”.

Não houve menção, nos comunicados oficiais, sobre a recente escalada tarifária dos EUA contra países do Brics ou sobre o pedido do ex-presidente Donald Trump para que a China aumente a importação de soja americana, item relevante na pauta de exportações brasileiras.