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Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 08:03
- Atualizado há 2 anos
A economia da França vai crescer a um ritmo mais lento no quarto trimestre que o originalmente projetado em virtude dos violentos protestos em todo o país, que acrescentam pressão ao presidente Emmanuel Macron para entregar uma resposta firme em um pronunciamento à nação altamente aguardado na noite desta segunda-feira (10).>
O crescimento declinante em indústrias cruciais, como varejo e transporte, complicará os esforços de Macron para reformar a economia, após quatro fins de semana consecutivos de protestos que desencadearam tumultos em Paris, em reação ao plano de aumentar a tributação sobre gasolina - agora revertido. O discurso televisionado de Macron para responder ao movimento - liderado pelos chamados "coletes amarelos", em uma alusão ao acessório que todo motorista na França deve levar em seu automóvel - será um momento-chave para salvaguardar a sua agenda>
O Produto Interno Bruto (PIB) francês crescerá 0,2% no quatro trimestre do ano em comparação ao período entre julho e setembro, de acordo com o levantamento mensal de novembro do Banco da França sobre a atividade empresarial. Na consulta de outubro, a projeção era de avanço de 0,4% nesse intervalo.>
A desaceleração econômica está impactando restaurantes e o setor de transportes, particularmente o de automóveis, segundo o Banco da França. Os protestos dos coletes amarelos levaram muitas lojas e atrações turísticas no centro de Paris a fechar no último sábado, justo no auge da temporada de compras natalinas.>
Naquele dia, cerca de 136 mil manifestantes foram às ruas, de acordo com autoridades. Entre eles, grupos mais exaltados encamparam batalhas com a polícia parisiense e de outras cidades grandes, quebrando vitrines de lojas e levando a uma fatura de 135 feridos e mais de mil detenções.>
O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, alegou hoje que a violência derivada dos protestos reduziria o crescimento da economia francesa em 0,1 ponto porcentual. "Isso é menos prosperidade para o povo francês", ele disse a uma emissora de rádio. (Dow Jones Newswires)>