FILANTROPIA

Estudantes de medicina do bairro mais pobre de Nova York têm mensalidades pagas por doação bilionária de ex-professora

Ruth Gottesman realizou a doação de cerca de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 4,9 bilhões)

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Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 13:00

Ruth Gottesman
Ruth Gottesman Crédito: Getty Images

Nesta semana, viralizou na internet um vídeo em que mostra o momento de comoção de alunos da faculdade de medicina do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos, recebem a notícia de que suas mensalidades serão quitadas por uma das professoras da casa.

Ruth Gottesman, professora emérita de Pediatria na instituição, realizou a doação de cerca de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 4,9 bilhões) para pagar as mensalidades de todos os alunos. A faculdade fica localizada no Bronx, bairro mais pobre de Nova York.

O corpo dos estudantes do primeiro ano de medicina do Einstein é quase metade composto de nova-iorquinos; 60% dos estudantes são mulheres. Cerca de 48% são brancos, 29% asiáticos, 11% são hispânicos e 5% são negros.

O valor da mensalidade na instituição está avaliado em cerca de US$ 59 mil (aproximadamente R$ 293 mil) por ano. Muitos dos alunos que se formam já saem da universidade com dívidas. Cerca de 50% dos formados tinham dívidas que ultrapassavam US$ 200 mil (R$ 996 mil), apontou a instituição.

Ruth Gottesman tem 93 anos, preside o colegiado de medicina e começou a trabalhar na instituição na década de 1960 no cargo de diretora psicoeducacional. Seu marido, David Gottesman, era um investidor de Wall Street, tendo injetado dinheiro em empresas como Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, além de dirigir a First Manhattan, empresa de investimento amplamente reconhecida. David faleceu em 2022 aos 96 anos e deixou a fortuna acumulada para a esposa.

"Ele me deixou, sem que eu soubesse, um portfólio inteiro de ações da Berkshire Hathaway. As instruções eram simples: 'Faça o que você achar certo com elas", contou. "Eu queria financiar os alunos do Einstein para que eles recebessem mensalidades gratuitas. Havia dinheiro suficiente para fazer isso de forma perpétua".