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EUA sancionam presidente da Colômbia após troca de acusações com Donald Trump

Tesouro americano acusa presidente colombiano de ligação com narcotráfico, sem apresentar provas

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 16:42

Gustavo Petro
Gustavo Petro Crédito: Shutterstock

Após dias de hostilidades públicas entre Bogotá e Washington, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (24) sanções econômicas contra Gustavo Petro. A medida se estende à primeira-dama Veronica Garcia e a outros dois nomes ligados ao presidente colombiano, Armando Villaneda e Nicolas Burgos. Todos terão bens congelados em território norte-americano, assim como eventuais empresas sob sua propriedade.

O governo dos EUA justificou a decisão ao acusar Petro de envolvimento com o narcotráfico. No entanto, não apresentou evidências que sustentassem a alegação. A declaração reacendeu o conflito retórico entre Petro e Donald Trump, que já havia chamado o colombiano de “líder narcotraficante” e “meliante”, ao passo que Petro acusou o republicano de promover “execuções extrajudiciais”.

Em resposta oficial à sanção, o presidente da Colômbia rejeitou as acusações e afirmou que sua história política é marcada pelo combate às redes criminosas do tráfico de drogas. “De fato, a ameaça de Bernie Moreno se cumpriu: eu, meus filhos e minha esposa entramos na lista OFAC. (...) Lutar contra o narcotráfico durante décadas e com eficácia me traz esta medida do governo da sociedade à qual tanto ajudamos para combater o consumo de cocaína. Toda uma paradoxa, mas nem um passo atrás e jamais de joelhos”, declarou. Ele reiterou que não ficará “de joelhos”.

O comunicado norte-americano também recupera falas de fevereiro, quando Petro comparou cocaína ao uísque, afirmando que “cocaína não é pior que uísque”.

Críticas aos ataques dos EUA no Caribe

As sanções foram decretadas um dia após o presidente colombiano denunciar publicamente a operação militar lançada pelos Estados Unidos em agosto nas águas do Caribe e do Oceano Pacífico. Segundo Petro, embarcações suspeitas de transportar drogas estão sendo atacadas e destruídas sem que seus tripulantes tenham possibilidade de julgamento.

“Nesse tipo de manobras, que acreditamos violar o direito internacional, os Estados Unidos (...) estão cometendo execuções extrajudiciais. Há um uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário”, afirmou em coletiva de imprensa realizada em Bogotá na quinta-feira (23).

Washington admite nove ataques desde 2 de setembro, que resultaram em 37 mortos. Ao menos uma das ações ocorreu próximo ao litoral colombiano. A denúncia do governo da Colômbia menciona que um pescador de Santa Marta teria sido morto durante um desses bombardeios. Petro afirmou ainda que a presença de navios de guerra, aeronaves e mísseis na região demonstra uma escalada militar “paradoxal” após os EUA retirarem o país da lista de aliados no combate às drogas e revogarem vistos de autoridades colombianas. “O senhor Trump me caluniou e insultou a Colômbia”, declarou.