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Ao todo, 17 países já foram afetados em maior e menor grau pelo corte
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2009 às 20:15
- Atualizado há um ano
O fornecimento de gás russo à Europa por meio da Ucrânia foi totalmente interrompido nesta quarta-feira (7), após uma guerra comercial entre os dois países. O temor no continente é de que justamente neste período de temperaturas baixas os consumidores sejam atingidos pela falta de gás.
A Ucrânia acusa a Rússia de corte nas entregas, mas a empresa de gás russa Gazprom declarou que a interrupção foi causada por autoridades ucranianas, que teriam fechado o último gasoduto.
O presidente ucraniano Viktor Yushchenko pediu que a Rússia reconsidera a questão e retome de imediato o envio de gás para a Europa por meio da Ucrânia.
'Às 7h44 (3h44 de Brasília), a Rússia cessou todo o trânsito pela Ucrânia. A Rússia deixou a Europa sem gás', declarou o porta-voz da empresa ucraniana Naftogaz, Valentin Zemlianski.
Países atingidos
Até agora, já anunciaram que estão sem receber o gás russo a República Tcheca, Áustria, Romênia e Eslováquia. Bósnia, Bulgária, Croácia, Grécia, Hungria e Macedônia já haviam anunciado nesta terça que o abastecimento havia cessado.
Por precaução, a Bulgária declarou que cortou a distribuição às indústrias e pediu moderação no consumo para população. Já a Eslováquia declarou que está em emergência energética. Ao todo, 17 países afirmaram que o fornecimento foi reduzido por conta do conflito - dentre eles França (queda de 70%) e Itália (queda de 90%).
Moscou cortou o fornecimento de gás ao mercado doméstico ucraniano em primeiro de janeiro, depois de um desentendimento sobre o preço do gás para 2009. Além disso, a Rússia também acusa a Ucrânia de ter dívidas referentes ao fornecimento passado do gás.
Cerca de 40% das importações de gás da União Européia vem da Rússia. No total, 80% do gás russo que vai para a UE passa pela Ucrânia. Na terça, UE e Comissão Européia disseram que a situação é 'inaceitável'.
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