Jornalista é encontrada morta em banheiro de aeroporto após perder voo

Ao descobrir que precisava comprar uma nova passagem, ela chorou e disse que não tinha dinheiro. Polícia suspeita de suicídio

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 10:55

- Atualizado há um ano

A jornalista Jacky Sutton foi encontrada morta em cabine de banheiro em Istambul; polícia suspeita de suicídio (Foto: Reprodução/Facebook)Uma britânica de 50 anos foi encontrada morta em um banheiro do Aeroporto Internacional de Istambul, na Turquia, após ter perdida um voo para o Iraque. A mulher foi identificada como Jacky Sutton, ex-jornalista da BBC. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio.

Tudo começou quando Jacky chegou em Istambul de Londres às 21h58. Segundo a agência turca Dogan, a previsão era de que ela embarcasse após a meia-noite para um voo com destino a Erbil, no Iraque. Só que a britânica perdeu o avião.

Ao buscar uma outra solução com funcionários do aeroporto, foi informada que a responsabilidade pela perda do voo não era da companhia aérea, e que ela deveria comprar um novo bilhete.

Jacky explicou que não tinha dinheiro e começou a chorar. Em seguida, foi até um dos banheiros do aeroporto.

Ela foi encontrada sem vida, pendurada com os cordões dos sapatos em um gancho na porta de uma cabine, por três viajantes russas.

 Jacky trabalhava atualmente como diretora de um instituto que denuncia a guerra no Iraque. O antecessor dela no cargo morreu há cinco meses, em um ataque a bomba em Baghdad. A jornalista sofria de transtorno do estresse pós-traumático após ter sido presa por suspeita de espionagem na África em 1995.

Ela já tinha comentado com amigos, em junho, se tornar um alvo do Estado Islâmico enquanto estivesse trabalhando na cidade iraquiana de Erbil. Ao longo da sua trajetória profissional, Jacky trabalhou com diversas organizações humanitárias e com as Nações Unidas em países afetados pela guerra.  

Amigos da jornalista afirmaram ao jornal Daily Mail que é "impossível" que ela tenha cometido suicídio. "Ela seguia trabalhando no Iraque. Tudo era difícil e desafiador, mas ela nunca desistiu. Ela lutava para que todos tivessem uma vida melhor. Jacky cometer suicídio? É impossível", disse o amigo e jornalista iraquiano Mazin Elias.