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Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2022 às 14:45
- Atualizado há 2 anos
Apesar de os veículos elétricos não pagarem os 35% de imposto de importação que o governo brasileiro cobra para produtos a combustão, a equação ainda é complexa para o consumidor estacionar o carro desses na garagem. Atualmente, a opção mais barata no país é o Kwid E-Tech, oferecido por R$ 147 mil. É quase o mesmo preço de um Honda HR-V EXL (R$ 146 mil).>
Ou seja, o modelo mais acessível do mercado custa o mesmo que um SUV maior e mais equipado. Por isso, a eletrificação no Brasil está baseada em carros premium. No acumulado do ano, entre janeiro e novembro, o líder é o Volvo XC40, que custa a partir de R$ 330 mil. Para esse consumidor, fica mais fácil optar por um modelo que utiliza gasolina ou energia elétrica, pois os preços são similares, o que torna o elétrico uma opção de escolha.>
Apesar de não taxar pela importação, o governo do Brasil não dá outros incentivos para fomentar a compra desses produtos. Na Alemanha, o país banca 6 mil euros para carros que custam até 40 mil euros. Isso facilita a migração do motorista para esse tipo de automóvel.>
Para o Audi Q4 e-tron 40, que custa 51.900 euros, o abono governamental é de 5 mil euros. Dessa forma, o preço final é inferior ao de um Q5 a combustão. No Brasil esse Audi, que testei na região da Baviera, seria uma boa resposta ao Volvo XC40 Plus.>
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Nos planos da filial brasileira, o Q4 é oferecido na Europa nas carrocerias SUV e Sportback. Ambos contam com duas opções para o trem de força, que pode ter um ou dois motores mas com rendimentos distintos. A opção que guiei tem um propulsor na traseira, que entrega 204 cv de potência e 31,6 kgfm de torque.>
Pela entrega quase instantânea de torque, o veículo é ágil. Mesmo para um veículo que, sem carga, pesa 2.050 kg, sua desenvoltura no trânsito é muito boa. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 8,5 segundos e a autonomia combinada pode chegar aos 528 quilômetros.>
Tecnologia e conforto Nem tudo se resume à motorização, e o Q4 tem bastante tecnologia para deixar os ocupantes confortáveis. O motorista tem à disposição diversos equipamentos que auxiliam na condução e ampliam a segurança. Entre eles, está o leitor de placas e faixas de rolamento, que funcionam melhor em pistas europeias.>
Também estão disponíveis detectores de pedestres e outros veículos. Que podem trabalhar em sintonia, ou não, com o piloto automático adaptativo. Com todos atuando ao mesmo tempo, a viagem fica mais segura.>
O espaço também chama a atenção. O motor é traseiro e não é necessário um eixo cardan para transferência de força, tudo é feito por cabos. Dessa forma, o assoalho é plano, na dianteira, o console para manopla de câmbio não tem ligação com o piso e atrás sobra mais espaço para os pés do condutor. São 4,59 metros de comprimento, 1,86 m de largura, 1,63 m de altura e 2,76 m de distância entre os eixos Nos bancos traseiros, os ocupantes viajam quase sete centímetros mais altos do que os passageiros da frente. Como resultado, há uma melhor acomodação das pernas.>
Atualmente, o elétrico mais barato da Audi no Brasil custa R$ 616 mil, a chegada de um produto abaixo de R$ 400 mil seria muito interessante. Iria disputar diretamente com o Volvo XC40 e modelos da BMW, que já atua com o iX3 (R$ 474 mil) e terá o iX1 como modelo de entrada para o universo elétrico. A Mercedes-Benz, outra rival da Audi, também tem no portfólio brasileiro veículos que custam menos de R$ 500 mil.>