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Yan Inácio
Publicado em 9 de maio de 2025 às 18:50
Os tamagotchis são pets virtuais inseridos em pequenos dispositivos eletrônicos que foram febre nos anos 90. Agora, os bichinhos eletrônicos se misturam com um item bastante popular entre os jovens dos dias de hoje: os vapes. >
A bugiganga batizada de “Vape-o-Gotchi” foi criada por Rebecca Xun e Lucia Camacho para a Stupid Hackathon, evento que promove protótipos bizarros em Nova Iorque, nos Estados Unidos.>
O produto funciona da seguinte maneira: ao invés de alimentar e brincar com os bichinhos virtuais como em um Tamagotchi convencional, os usuários devem mantê-los vivos com tragadas saborizadas. Ou seja, caso o “tutor” pare de fumar, o mascote morre.>
Mas calma: o objetivo da invenção não é a comercialização, mas sim fazer uma sátira ao uso de vapes e os potenciais danos à saúde que o seu consumo pode causar. Xun disse à revista Futurism que a ideia de criar o apetrecho veio depois que ela começou a fumar vapes com o intuito de parar com os cigarros.>
Ela percebeu que seus amigos também estavam bastante ligados aos seus cigarros eletrônicos, por isso imaginou que “gamificar” o uso de nicotina poderia ajudá-la a parar com o vício. Tanto é que na ideia inicial do projeto, o Tamagotchi morreria quando o usuário decidisse fumá-lo, mas depois que ela e sua colega descobriram o evento de bizarrices eletrônicas, decidiram criar uma versão maligna do dispositivo.>
“Não temos certeza se queremos distribuir o Vape-o-Gotchi”, disse Xun. Ela e Camacho estão considerando publicar os protótipos para que outras possam criar suas próprias versões personalizadas do produto. “Mas, por enquanto, acho que só queremos melhorar o que já temos, e é um projeto divertido”, finaliza.>
Fumar vape faz mal e está em alta entre os jovens>
O Ministério da Saúde alerta que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que englobam os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, têm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, o que faz com que suas emissões sejam prejudiciais tanto para quem faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis.>
“Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição e suas emissões são nocivas”, ressaltou a pasta. “A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental.”>