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Carol Neves
Publicado em 21 de abril de 2025 às 15:25
A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, foi por conta de um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca, conforme informou o boletim médico divulgado pelo Vaticano nesta segunda-feira (21). A morte, que foi registrada às 2h35, ocorre após um agravamento progressivo de seu estado de saúde, iniciado com uma internação por pneumonia bilateral em 14 de fevereiro.>
Durante os 38 dias em que permaneceu hospitalizado, Francisco enfrentou uma série de complicações respiratórias. No dia 22 de fevereiro, sofreu uma crise asmática prolongada e precisou receber transfusão de sangue devido a um quadro de trombocitopenia associado à anemia. Já em 3 de março, o papa passou por dois episódios de insuficiência respiratória aguda, causados pelo acúmulo de muco nos brônquios e broncoespasmos, o que agravou ainda mais seu estado clínico.>
Essa foi a quarta e mais longa internação de Francisco desde sua eleição em 2013. O pontífice já tinha um histórico de problemas pulmonares desde jovem. Aos 21 anos, quase morreu de pleurisia — inflamação do revestimento dos pulmões — e precisou remover o lobo superior do pulmão direito. Nos últimos anos, sua saúde também vinha sendo monitorada de perto por causa de outras questões, como o uso recente de aparelho auditivo e uma cirurgia de catarata realizada em 2019. >
A morte de Francisco marca o fim de um papado que durou mais de uma década e que foi marcado por posturas progressistas e tentativas de reforma na Igreja Católica. O Vaticano agora entra em período de Sede Vacante, à espera do conclave que escolherá seu sucessor. A expectativa é que se leve pelo menos 15 dias até o início do conclave, ou seja, a escolha do novo papa só deve começar a partir de 6 de maio. >