Negócios: Bahia vai exportar pele, couro e carne de jumento do sertão do estado

O objetivo é levar a criação deste tipo de animal para além do extrativismo, gerando trabalho e renda

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  • Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 08:29

- Atualizado há um ano

A Bahia já iniciou os preparativos para atender uma nova demanda surgida no mercado internacional de agronegócios, a exportação de pele, couro e carne de jumento. A ideia do governo é estruturar uma cadeia produtiva em torno da criação de jumentos, envolvendo fazendas, melhoramento genético, abatedouros e canais de exportação. Um primeiro passo já foi dado neste ano, quando em um experimento foram exportados 4 mil quilos de pele de jumento. Toda esta produção foi direcionada aos chineses, que utilizam a pele do jumento na indústria de cosméticos.

Segundo Rui Leal, diretor de defesa sanitária da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), a frente de melhoramento genético do jumento baiano inclui trazer sêmen de espécies de jumentos chineses, que pesam, em media, 400 kg. Os jumentos do sertão baiano atingem, em média, 100 quilos. Além disso, o governo acompanha as negociações de um grupo empresarial – não revelado – que negocia com a JBS (dona da Friboi) o arrendamento do frigorífico que a companhia fechou em Amargosa para exportar a carne e o couro dos jumentos baianos.

A vantagem deste novo negócio é que o jumento é um animal resistente e convive bem com as condições ambientais do semiárido, que ocupa em torno de 60% do território baiano. O objetivo é levar a criação deste tipo de animal para além do extrativismo, gerando trabalho e renda nesta região.Estímulo a construções sustentáveisA prefeitura de Salvador avançou no objetivo de estimular mais construções sustentáveis na cidade. Um grupo de técnicos de órgãos municipais está em campo para divulgar a Outorga Verde, instrumento recém-criado que dá desconto para construtoras no pagamento da outorga onerosa, valor devido quando a edificação avança do Coeficiente de Aproveitamento Básico (uma espécie de gabarito médio das regiões da cidade) para o Coeficiente de Aproveitamento Máximo (o maior número de andares permitido pelo plano diretor para cada bairro).

Para utilizar o novo instrumento, a edificação precisa estar certificada pelo IPTU Verde, a primeira iniciativa da prefeitura para aumentar o número de prédios construídos com práticas sustentáveis. “Com a Outorga Verde, fechamos a cadeia, pois atingimos os construtores. O IPTU alcança mais aos moradores”, explica André Fraga, secretário municipal de Cidade Sustentável. “A Outorga Verde é um instrumento inovador, que só existe em Salvador e que conecta empresas e consumidores ao objetivo de termos mais construções sustentáveis na cidade”. Fraga acredita que tanto o IPTU e a Outorga Verde vão atrair para a capital baiana empresas fornecedoras de material e serviços sustentáveis para a construção civil, a exemplo de empresas de venda e manutenção de placas residenciais de geração de energia solar ou de sistemas de reaproveitamento de água. Fique por dentroOI  A Bahia recebeu um investimento de R$ 143 milhões da empresa de telefonia Oi entre 1º de janeiro e 30 de setembro deste ano. O dinheiro foi aplicado na instalação de 13 mil novas portas para o serviço de banda larga fixa (acesso à internet), na implantação de 54 novos sites de telefonia móvel e na ampliação e modernização de outros 299 sites (locais onde ficam as antenas que realizam a transmissão do sinal do serviço móvel). No estado, a Oi oferece cobertura 4G nas cidades de Camaçari, Feira de Santana, Itabuna, Salvador e Vitória da Conquista.