21 vinhos que me marcaram em 2021

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  • Paula Theotonio

Publicado em 6 de fevereiro de 2022 às 11:00

- Atualizado há um ano

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No início de 2021, entre várias outras promessas, eu me comprometi a tomar nota de todos os vinhos que tomaria ao longo do ano. Comprei até um caderno específico para isso, da Imaginarium.

A ideia era aprender com essas análises sensoriais, sistematizar minhas experiências, identificar padrões e criar um banco de dados que despertasse memórias olfativas e do paladar.

Corta para 2022 e cá estou, ciente de que sou péssima com essas juras e olhando para meu caderninho quase novo, com poucas páginas preenchidas.

É claro que acabei mudando a estratégia e fotografei muitos dos rótulos emblemáticos, além de ter feito algumas resenhas direto nos stories do meu Instagram. Olhando para essas impressões, consegui identificar melhor quais estilos têm me feito mais feliz; além de locais e vinhos que deixei de explorar.

Por exemplo: nos destaques dos últimos 12 meses tem até laranja, mas nenhum rosé me surpreendeu muito. Será que estou me permitindo conhecer rosés diferentes? Também percebi que acabei circulando um pouco mais pelos vinhos europeus e adorei diversos rótulos nacionais, mas continuo muito focada na produção chilena — ainda que de regiões pouco conhecidas.

Diante dessas constatações, em 2022 quero abrir mais garrafas de regiões clássicas e de locais que só estudei a respeito, mas nunca provei. A seguir, compartilho com vocês os 21 vinhos que mais me marcaram em 2021, sem ordem de qualidade e qualquer sistemática. Convido vocês a fazerem o mesmo!

1. Cedro do Noval Douro DOC: um branco do Douro, em Portugal; feito com as uvas Viosinho e Gouveio. Tem forte caráter mineral, com muita expressão de frutas brancas nos aromas e paladar, além de persistente e fresco. É importado pela Adega Alentejana.

2. Villalobos Zorrito Salvaje 2016 (R$ 147): um vinho natural e de baixíssima intervenção, feito com 50% de Cinsault do Valle del Itata e 50% de País do Valle del Maule. As vinhas têm mais de 60 anos. É fresco, com aromas de frutas vermelhas, excelente acidez, com taninos delicados e redondos.

3. Pizzato PP Semillon 2019: De cor mais dourada, este branco brasileiro entrega intensidade aromática com destaque para melão, mel, frutas secas e baunilha. Boa persistência. 40% do vinho amadurece por 12 meses em barris mistos de carvalho francês e acácia.

4. Casa de Saima Tonel 10 2018: Um vinho 100% Baga, casta emblemática da Bairrada, em Portugal. Potente, tem taninos presentes e finos, acidez alta, cor profunda e toques de frutas vermelhas, eucalipto, café e algo defumado.

5. Grey Glacier Garnacha Cariñeña Mataró 2018: Feito com uvas de uma só área em Apalta, no Valle de Colchagua. É intenso, tem notas de frutas vermelhas frescas e toque terroso, de pimenta negra. Seu corpo é médio e tem uma acidez refrescante, além de taninos finos.

6. Trapi del Bueno Pinot Noir 2017: O melhor Pinot Noir do ano, que bebi em meu aniversário. Vem de vinhedos plantados sobre solos vulcânicos em Osorno, na Patagônia chilena, e tem aromas delicados de frutas vermelhas, acidez alta e bastante mineralidade. Tem boa persistência e cresce muito na taça. Saudades.

7. Famille Bougrier Vouvray Chenin Blanc 2018: Esse branco lá do Vale do Loire, na França, mudou minha cabeça sobre (bons) vinhos adocicados. De doçura média, tem aromas de laranja e pera, acidez média e seu toque mineral.

8. Barbadillo Manzanilla Sanlúcar de Barrameda: Em 2021 eu finalmente bebi Jerez. Este é um tipo Fino, ideal para começar a se aventurar por essa família espanhola de vinhos. Tem aromas de maçãs e frutas secas, notas de leveduras e é levemente “salino”, como se espera do estilo.

9. Chablis Chapelle Royale 2018: O que mais me marcou neste vinho foi sua intensidade aromática, principalmente as nuances de pêssego e pêra. No paladar o show continua, com bom corpo, persistência e delicioso toque mineral.

10. Champagne Lanson Black Label: Blend clássico de Pinot Noir (50%), Chardonnay (35%) e Pinot Meunier (15%), tem aromas de pêssego e florais em equilíbrio com notas tostadas e de mel. É cremoso, fresco, vivo e intenso.

11. Chemin des Papes Côtes du Rhône 2018: Clássico GSM, mas que entrega tudo o que se espera de um bom vinho do Rhône. Traz frutas negras em compota e especiarias, como pimenta negra. Fresco, tem médio corpo e taninos macios.

12. Aventura Pinot Noir Unoaked 2020: Toda a expressão da Pinot Noir em um vinho brasileiro honesto, simples, fresco, leve, suculento e descontraído, sem passagem por madeira. O mais fácil de beber de todos da lista.

13. Erasmo 2009: Um grande vinho do Valle del Maule, no Chile, feito com Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Syrah. É intenso, com taninos macios, aromas de frutas negras, especiais, um toque equilibrado de couro e defumado.

14. Gen del Alma Jijiji Malbec Pinot Noir 2019: Co-fermentada com a Malbec, a Pinot Noir dá o tom de leveza a esse blend argentino inusitado. Tem aromas vibrantes e doces de bala, frutas vermelhas, acidez viva e um final médio a longo. É de Gualtallary, região a 1.400 metros de altitude em Mendoza, na Argentina.

15. Miolo Single Vineyard Cabernet Franc 2020 (R$ 76,90): Um tinto untuoso e profundo da Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul. Tem aromas de frutas vermelhas e negras em compota e notas de pimenta preta, com excelente acidez.

16. Tapada do Coronel Vinho de Talha Branco (R$ 749): Tem aromas complexos de carambola, cúrcuma, terra, mel e fósforo; com boa acidez e untuosidade no paladar. É feito com um field blend de uvas de vinhas velhas, com predominância de Arinto, Roupeiro e Antão Vaz, plantadas em uma região de altitude do Alentejo. É vinificado em ânforas de barro revestidas com cera de abelha e sem qualquer tipo de intervenção.

17. Leone di Venezia Oro Vecchio Barricado 2020: Elaborado com as uvas Gewurztraminer, Grechetto e Vermentino, é um vinho laranja intenso, com aromas de frutas secas, especiarias, leves notas oxidativas e nuances defumadas, do estágio em barricas de carvalho. Acidez média e corpo médio, com leve estrutura tânica.

18. Gr-174 Priorat Casa Gran Del Siurana 2019: Meu primeiro vinho do Priorato, na Espanha, foi uma excelente surpresa. Feito com Garnacha (como manda o figurino) e várias outras uvas, este exemplar traz notas de frutas negras, toque balsâmico e de especiais. É encorpado e aveludado.

19. Morandé Adventure Mediterráneo 2017: Corte de Grenache, Syrah, Carignan, Marsanne e Roussane do Vale do Maule, no Chile; com estágio de 14 meses em barricas francesas. É vibrante, com aromas de frutas vermelhas e nuances delicadas de especiarias e pimenta preta. Madeira integrada e bem persistente.

20. Miguel Torres Millapoa País 2019 (R$ 189): Feito a partir de vinhedos centenários da região de Bío-Bío, no Chile. A fermentação ocorre em ovos de concreto. Um vinho leve e, ao mesmo tempo, rústico; equilibrando notas frutadas e terrosas. Seus taninos são presentes e macios.

21. Audace Sol de Maio Tannat 2020: Que Tannat! Com intensos aromas de frutas negras maduras e especiarias, com nuances de couro e tabaco. Taninos bem presentes, mas redondos, além de boa persistência.