5 mitos sobre vinhos que precisamos superar

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  • Paula Theotonio

Publicado em 9 de fevereiro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Este calor está perfeito para que a gente dispa os vinhos dos mitos que os envolvem; abrir uma garrafa e sorver seu delicioso conteúdo sem enganos, pré-julgamentos ou regras sem sentido. Hoje vamos falar de alguns famigerados devaneios – e é bem capaz que você tenha acreditado piamente em alguns.

1. Tintos para carne vermelha, brancos para peixe

Essa regra de harmonização ajuda muito na hora de escolher uma garrafa, mas não deve ser seguida à risca. Alguns tintos de corpo e taninos leves, como os que são elaborados majoritariamente com as uvas Pinot Noir, Gamay e Bonarda, podem SIM acompanhar preparos de carne branca. Assim como brancos encorpados e envelhecidos podem harmonizar com vitela, carne suína, carneiro e até um bom filé mignon. Eu também adoro a ideia de espumante para beber durante um churrasco, devido ao seu potencial refrescante. Mas não se preocupe: se a mistura der ruim no seu paladar, só beber os dois separadamente, alternando com uns goles de água. Sem drama, sabe?

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2. Tintos devem ser servidos em temperatura ambiente

Já escrevi sobre temperatura ideal para serviço de vinhos e o que acontece com os sabores quando a bebida está muito quente ou muito fria. Mas não custa nada lembrar que você, estando no Nordeste, jamais deve beber um vinho em temperatura ambiente. E que também não precisa servir seu vinho branco estupidamente gelado. Para acertar na temperatura, a sommelière Juliana Britto dá uma dica rápida e fantástica: 5 minutos de imersão em gelo para tintos, 15 minutos para brancos e 20 minutos para espumantes. Espumantes devem ficar mergulhados no gelo por 20 minutos (fotos de Paula Theotonio) 3. Tintos precisam respirar no decanter

Um dos aparatos mais charmosos do universo dos vinhos, os decanters de vidro ou cristal criam toda uma atmosfera chique na hora de servir um rótulo especial. Porém nem sempre eles são necessários; e usados da maneira incorreta, podem “matar” a bebida – tirando dela seus aromas e sabores. Saiba mais nesta coluna que já escrevi: O decanter pode “matar” o seu vinho; saiba quando usá-lo.

4. Todos os vinhos melhoram com o tempo

Adoro a expressão: “Fulano é como o vinho, só melhora com o tempo”. Um engano poético, eu diria! A verdade é que, fatalmente, fulano virará vinagre em algum momento, assim como os melhores rótulos. Há, sim, tintos e brancos feitos para envelhecerem e serem bebidos anos após a colheita; geralmente elaborados com mais perícia, com estágio em madeira e bem armazenados. Assim como há bebidas para serem abertas até UM ANO após engarrafadas. Depois desse prazo de validade, não tem ditado popular que salve. Procure saber um pouco mais do estilo do vinho antes de guardá-lo para um momento especial. Aproveite para ler mais sobre como guardar um vinho sem adega.

5. Vinhos de rolha são melhores que os de rosca

Muita gente torce o nariz injustamente para os vinhos com tampa de rosca. As screw-caps, como também são conhecidas as vedações metalizadas, são práticas, recicláveis, sustentáveis e o melhor: vedam perfeitamente a garrafa, desacelerando a evolução da bebida. Isso quer dizer que até os vinhaços com potencial de envelhecimento podem vir com esse estilo de engarrafamento. A verdade é que o tipo de vedação para a garrafa tem pouco a ver com o potencial de sabor ou qualidade: o que vai definir a escolha da vinícola é a proposta do vinho e o perfil do consumidor final, mais conservador ou moderno. Explico bem sobre este assunto na coluna Rolha ou rosca de metal: entenda qual é melhor para seu vinho

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