A busca de Roger Machado pelo melhor Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Não era o cenário ideal que, a cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Roger Machado estivesse em busca do melhor Bahia para colocar em campo. O problema é que a equipe caiu tão vertiginosamente de produção a ponto de estar irreconhecível, há sete jogos sem vencer e vendo de longe os postulantes a uma vaga na pré-Libertadores, sonho declarado do elenco e da diretoria. O tricolor perdeu o rumo em um momento-chave da competição e não consegue se encontrar.

É diante deste cenário que o treinador resgatou, para a partida contra o Palmeiras, a escalação com três volantes, porém mantendo como 4-3-3 a formação tática da equipe. Gregore, Flávio e Ronaldo não jogavam juntos desde o jogo contra o Fluminense, no dia 12 de outubro. Roger também trocou Nino por João Pedro e usou Arthur Cayke na vaga de Artur, essa última, uma mudança forçada. É a tentativa de trocar peças para fazer a engrenagem voltar a funcionar.

Partindo dessa mesma lógica, ele já havia testado Fernandão na equipe titular, mas voltou a apostar em Gilberto, artilheiro da equipe na temporada, nos jogos contra Flamengo e Palmeiras. Não dá para dizer que as trocas deram de todo errado. O Bahia fez bom primeiro tempo contra Flamengo e Palmeiras, saiu na frente, mas foi completamente engolido por ambos na etapa final. Daí, pode-se tirar duas conclusões: a equipe está sentindo o ritmo de jogo, principalmente os atletas que foram exigidos durante toda a temporada, como Lucas Fonseca, Gregore e Nino; o emocional está prejudicando o desempenho dos jogadores, que não demonstram poder de reação.

Não defendo que o Bahia jogue a toalha e abandone a briga por uma vaga na Libertadores. Enquanto houver chance, é obrigação acreditar. Se vencer os cinco jogos que restam, a equipe chegaria a 59 pontos, atingindo mais de 90% de chances de chegar ao objetivo, de acordo com cálculos do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. Se repetir a campanha que fez no primeiro turno e somar 11 pontos contra os últimos cinco adversários (Goiás, Atlético-MG, Vasco, CSA e Fortaleza), o tricolor terminaria a competição com 55 pontos e teria 26% de chances.

Defendo, entretanto, que a direção tricolor e Roger Machado identifiquem desde agora os motivos que fizeram com que a equipe desandasse na competição para que, pensando na próxima temporada, não os repitam. Atacar o que falhou na montagem do elenco para que o time conseguisse reagir de forma sólida no momento de maior exigência, e aí será necessário ter um elenco mais qualificado para fazer a rodagem quando a competição afunila. E também avaliar o que deu errado na abordagem emocional do grupo.

O que não pode, caro torcedor, é deixar de reconhecer a evolução do clube, que em pouco tempo deixou de entrar em campo pensando em não cair para ser se tornar uma equipe que passa boa parte do campeonato medindo forças com adversários de maior orçamento por uma vaga na Libertadores. A crítica construtiva vai engrandecer o Bahia, mas não se pode esquecer que o clube vem em ascensão e não em queda.