A Louca das Plantas dá dicas para quem quer mais verde em casa

Em programa novo no GNT, Carol Costa usa o poder das flores e folhas para transformar casas e apartamentos

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  • Laura Fernades

Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Raphael Bianco/Divulgação

“Tenho o dedo podre” e “meu apartamento não tem espaço para plantas” são frases que não cabem mais como desculpa para quem sonha com um espaço verde, mas não se arrisca a criar um cantinho para chamar de seu. E quem desconstrói esse mito é a jornalista e paisagista paulista Carol Costa, 40 anos, no programa A Louca das Plantas, estreia de Verão do canal GNT que vai ao ar às sextas-feiras, às 21h (horário local), com reprises diárias.

Considerada a “diva das plantas”, sendo responsável pelo badalado site Minhas Plantas e pelo quadro de jardinagem do programa Mais Cor Por Favor, Carol vai usar o poder das flores e folhagens para transformar ambientes internos e externos de casas e apartamentos. Diferente dos programas de decoração, a apresentadora não vai tirar os moradores do ninho. Pelo contrário, eles vão colocar a mão na massa.

Nos oito episódios, Carol ensina como plantar, cuidar do jardim e escolher a espécie certa de planta - levando em consideração as especificidades do ambiente. E para quem acha que falar é fácil quando se tem o “dedo verde” como Carol, a apresentadora garante que nem tudo são flores e revela que já matou mais de 100 orquídeas. Para provar que todo mundo erra, coleciona as plaquinhas das finadas plantinhas até hoje.“Quando as pessoas dizem que tenho o dedo verde, minhas orquídeas falecidas estão lá no céu dizendo: ‘sabe de nada’! (risos) Tenho um cemitério de plaquinhas que mostro nas aulas para que a gente reflita: o que nosso erro pode nos ensinar?”, destaca Carol, que coleciona orquídeas há pelo menos 15 anos.E como surgiu sua paixão? “Não é uma história bonita, é uma história de inveja”, revela, rindo, sobre a “questão de honra” de fazer suas flores vingarem como as da sogra. (Foto: Rapahel Bianco/Divulgação) Divertido Pois é nesse clima bem-humorado e sem frescura que Carol comanda A Louca das Plantas. O próprio nome já dá uma ideia do que é o programa que seria batizado de “Um Jardim para Chamar de Seu”. “Mas ia ficar um nome muito fofinho, sabe? Quando a gente começou a filmagem, o programa era tão divertido que esse nome não combinava. A gente queria uma expressão que as pessoas usassem”, explica Carol, que é “a louca das plantas”.

A descontração também está na linguagem e na forma como a apresentadora lida com o universo da botânica. No lugar de “haste floral”, não há problema algum em falar “cabinho” da planta, afinal o objetivo não é mostrar conhecimento na área e, sim, compartilhar com os outros. “Quero que mais pessoas se sintam convidadas a participar desse universo, mesmo que não saibam nada de botânica”, justifica.

No episódio de estreia, por exemplo, Carol fez um jardim na casa onde moram sete jovens que não tinham noção nenhuma do assunto. A gravação foi feita em agosto e agora, cinco meses depois, “o jardim de um bando de gente que não sabia cuidar de plantas está lindo!”, garante.“Mais importante do que ‘a moça com dons especiais’ é quando você empodera o morador. A planta não é só para vestir o espaço, mas para empoderar esse lugar”, comemora a apresentadora.O único momento em que as famílias ficam de fora é na hora do “enfeite” da casa, quando são instalados, por exemplo, bancos, fontes, sistemas de iluminação e suportes para as plantas, seja no chão, na parede ou no teto. Além disso, outro motivo para a saída temporária dos anfitriões é que os oito projetos têm um “acabamento precioso” e surpresa: uma planta final que pode ser pequena ou até uma árvore gigante que entra no último minuto. Programa A Louca das Plantas transforma ambientes de casas e apartamentos (Fotos: Raphael Bainco/Divulgação) Bem-estar A cada episódio, o programa destaca benefícios funcionais das plantas como resfriar o ambiente para quem não tem ar-condicionado, criar uma área mais reservada, ter privacidade em relação ao vizinho, ou dar proteção à laje. Além da questão prática, o cuidado com o jardim também proporciona bem-estar a quem coloca a mão na massa e isso não fica de fora dos ensinamentos do programa.

“Pesquisas mostram que ter acesso a áreas verdes ajuda a combater a hipertensão, a ansiedade e até a violência doméstica, como mostrou um estudo na Holanda. São muitos impactos benéficos”, destaca, sobre o potencial de cura das verdinhas. Sem esconder que era ansiosa antes de desbravar esse mundo, Carol conta que tudo mudou quando aprendeu que errar faz parte. “É como querer aprender a cozinhar sem nunca ter queimado bolo. Quem nunca ralou a calota em uma baliza?”, convida.

Horários* A Louca das Plantas (GNT) 21h: sextas-feiras

Reprises* 20h30 e 1h: aos sábados 8h: domingos 13h30: segundas 10h: terças 6h30: quartas 13h: quintas

(*horário local)

5 plantas perfeitas para iniciantes (por Carol Costa) Filodendro-cordatum Filodendro-cordatum Espécie que faz parte de um gênero de folhagens tropicais, faz bonitos totens escalando estruturas prontas em vasos de chão (à direita). Também funciona como planta pendente, o que evidencia suas folhas em formato de coração. Vai bem até em ambiente com ar-condicionado. Begônia-Rex "Beleaf" (à direita) Begônia-Rex "Beleaf" A família das begônias está entre os maiores grupo de plantas com flor. Sua folhagem colorida vem de um grupo de plantas que dá flores discretas, mas comestíveis. Vai bem perto de janelas que não têm sol direto. Tagetes Tagetes Além de linda, fácil de semear, colorida e com pétalas ‘repolhudinhas’, essa flor comestível protege sua horta de pulgões, pernilongos e nematóides. É um verdadeiro repelente natural. Calathea "Triostar" Calathea "Triostar" Uma das folhagens preferidas do famoso paisagista brasileiro Roberto Burle Marx (1909- 1994), é boa para ambientes de meia-sombra. Aceita maresia e até um ventinho leve. Orquídea-pipoca Orquídea-pipoca Também chamada de ludísia, essa é uma das orquídeas com as folhas mais belas que existem. No inverno, dá flores pequenas, brancas com o miolo amarelo, parecidas com o milho estourado, daí seu nome popular. Ao contrário da maioria das orquidáceas, essa espécie é plantada diretamente na terra.

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