A originalidade é matéria do artista criador

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  • Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 05:06

- Atualizado há um ano

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As bandeirinhas de Volpi (reprodução) Quando se inicia, ou se pensa em ser artista visual, não imagina que a profissão é difícil - tanto no início porque o artista não tem currículo em mostras de peso, premiação, público e preço que justifique o interesse do marchand. Geralmente, estão confusos sobre que corrente artística vão se situar ou que caminho seguir. Primeiro, é treinar o olhar nas mais diversas exposições que puder ir, pensar no que viu e guardar um estoque de ideações, que podem ser ponto de partida para buscar seu alfabeto pessoal. A originalidade é matéria do artista criador.  

Quando iniciamos a carreira de artista visual é necessário estar atentos a determinados itens que são vitais: transfigurações, marca autoral, buscar um idioleto que justifique a escolha. É um árduo caminho, muitos acham que é fácil. Querem um tempo solto sem obrigações de horários, acham a “vida do artista” glamurosa, e que é fácil o mercado.

Muitos enganos: ter uma marca autoral é extremamente difícil, muitos preferem olhar a internet e copiar disfarçando. A cor, especialmente para quem vá ser pintor, pode parecer fácil, com a oferta de dezenas de cores industriais, acham que é tirar do tubo a tinta e aplicá-la na tela. Uma das coisas mais difíceis é a escolha das cores, que se misturam, se conectam, se justapõem. Ainda tem que ter uma inteligência visual, que se aprimora e ajuda na percepção do mundo. A arte é caprichosa revela em frações de segundos o que é bom, original e arquétipo, também o que é ruim, banal, trivial.   

As artes visuais são extremamente amplas, abrangem aquilo de envolver a visão, cores, formas e seu modo especial de apreciação. São artes visuais pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, fotografia, cinema, arte corporal, arte interativa, vídeoarte, instalação, arquitetura, novela, design, web design, paisagismo, decoração e moda. As Escolas de Arte de todo Brasil não formam artistas, bons coloristas, mas informam, estimulam indivíduos, esmiuçam a História da Arte.

Mas o poder criativo é individual, independem de escolas, está na vida instintiva profunda de cada um. Um exemplo lapidar foi Alfredo Volpi, que, tirando um triângulo de um retângulo, cria uma forma de bandeirinha. Volpi não sabia disso. Ele foi tomado pelo assunto quando fez uma pequena viagem passando por Mogi das Cruzes, que estava decorada com bandeirinhas de São João: ali viu um bom pretexto e achou sua marca, depois foi pintá-la, uma pintura permutacional, onde nunca esgotou o assunto. O principal é escolher o “assunto”, depois trabalhá-lo em transfigurações.