A palavra é dela: segurança pública em tempo de pandemia

O QuantA ao Vivo 2021 recebe a delegada Kiyomi Kuratani Pimentel na segunda (15) , às 21h

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  • Flavia Azevedo

Publicado em 12 de março de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Kiyomi Kuratani Pimentel (foto: divulgação) Por respeito à vida, em vez do teatro, neste ano o evento ocupa o espaço digital. Cada uma da própria casa, em conversas ao vivo, sobre temas que nos interpelam, em tempos tão estranhos. Segurança pública é o assunto da semana.

A parceira dessa segunda (15), às 21h, no @correio24horas,  é Kiyomi Kuratani Pimentel, delegada de Polícia Civil na Bahia. Libriana, filha de mãe japonesa e de um tenente do exército brasileiro, é também neta de capitão de mar e guerra que participou da 2ª guerra mundial, pelo Japão. Casada com Zé e "mãe de pet" (opa, de Sol e Lua) apaixonada, formou em direito, pela UFBA, em 1996.

É delegada de polícia desde 2004 e, por causa disso, já trabalhou em diversas cidades do interior da Bahia. Foi numa delas que se apaixonou, casou e descobriu o gosto pela vida tranquila da roça pra onde foge, sempre que a labuta deixa. Já atuou em algumas operações junto ao antigo Comando de Operações Especiais da Polícia Civil da Bahia (COE), em várias delegacias da capital, na Delegacia de Homicídios e no antigo Departamento de Narcóticos, sempre na linha de frente do trabalho policial. Atualmente, trabalha na Delegacia Digital.

Depois de descobrir (e se curar de) um câncer de mama raro e agressivo, em 2013, começou a estudar veterinária, na UFBA. Atividade terapeutica para quem, como ela, ama bicho e, perto deles, fica em paz. Pouco tempo depois, teve que abandonar o curso. Sonho que fica pra mais tarde quando, no futuro, numa existência com menos adrenalina, conseguir estar como também quer: na roça, entre os bichos, cozinhando para a família e amigos escolhidos a dedo, conversando fiado. Tudo em seu tempo. Por enquanto, Kiyomi segue barril. Dobrado. E quem vê a delicadeza de ascendência oriental, talvez se assuste com o "outro lado", esse que aparece na foto de máscara. A dureza chega em segundos, basta ser necessário. A ponto de asustar uma amiga que, de passagem na rua, a viu com arma em punho, em uma operação policial. Ligou, em seguida, dizendo "amiigaaaa, você estava segurando uma arma!". A delegada ri contando essa história para quem tem o privilégio de também conhecer, muito mais, o lado doce, as risadas, o afeto e ela sendo ela mesma, desarmada.

Na conversa de segunda, vamos falar sobre as diferenças entre as polícias e o papel de cada uma na situação do lockdown. Também sobre o sentido de pacto social. E quais são as consequências da desobediência aos decretos, você sabe? Alguém pode ser preso por sair sem máscara, por exemplo? Circular sabendo que tem o vírus é crime? Furar a fila da vacinação pode dar em quê?

Podemos denunciar alguém que sabemos estar infectado e sai de casa? O patrão que não libera funcionários com sintomas de covid-19, ainda que sem resultado de teste, pode ser responsabilizado pela contaminação de outras pessoas?

São muitas dúvidas, ainda. Uma infinidade de questões em um tempo no qual "bom senso" virou artigo raro, ainda que seja sempre a melhor solução. Bora conversar sobre preponderância de normas e princípios, a função da repressão policial e a sequência de erros que criam os problemas que acabam parando na frente da delegada. Vamos conversar? É às 21h em ponto e só dura uma hora. Não se atrase.