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A Síndrome de Down e a pandemia

  • D
  • Da Redação

Publicado em 21 de março de 2021 às 07:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Durante a pandemia, todos nos vimos obrigados a nos reinventar: como sociedade, como instituição, como pais e como terapeutas. Nossas crianças com Síndrome de Down não podiam ficar sem a reabilitação, sob risco de perder os ganhos e até piorar do ponto de vista neuropsicomotor. Nossas terapeutas envolveram os pais nas sessões online, que se deram de forma sincrônica (videochamadas em tempo real) ou assincrônica (áudios e vídeos explicativos das atividades); seguidos da execução dos filhos ajudados pelos pais; e envio das filmagens da atividade em execução, observadas pelos terapeutas e passadas as considerações e ajustes aos pais, quando necessário.

O desafio que nos foi imposto pela pandemia, veio para todos, pacientes, cuidadores, terapeutas e instituições. A falta de estrutura nos lares, a dificuldade de uma conexão via internet de qualidade, a falta de reconhecimento e de aceitação inicial por parte de operadoras e sistema de saúde, além de diversos outros problemas que identificamos no decorrer do último ano, não nos impediram de acreditar e avançar neste plano de manter o acompanhamento e reabilitação desses pacientes, que sempre foi de suma importância para que não fosse perdido todo o trabalho realizado até então de conquista de autonomia nas atividades da vida diária.

E deu mais certo que o esperado: tivemos mais envolvimento dos familiares do que nunca. No atendimento presencial sempre pedíamos aos pais que executassem atividades em casa com as crianças e nem sempre tínhamos esse comprometimento. No atendimento à distância, os pais não podiam deixar de participar ou a terapia não teria sucesso. Foi extremamente salutar para nossas crianças esse envolvimento. Outro ponto positivo foi que os nossos profissionais puderem, através da câmera, ver a estrutura física dos lares e, com este conhecimento, fazer todas as adaptações de materiais e até atividades para a realidade possível para cada família. Um conhecimento riquíssimo também para todas as atividades futuras em casa, mesmo após o retorno presencial.

Destaque para o grau de comprometimento dos nossos terapeutas que tiveram de fazer bastante pesquisa na internet de atividades lúdicas e que envolvessem coordenação motora, praxia fina, cognição, concentração, entre tantos objetivos terapêuticos; usar de criatividade – tivemos uma fisioterapeuta que improvisou um rolo de Bobath em casa e usou uma boneca para simular com as mães como posicionar seu filho e quais movimentos fazer. Neste dia internacional da síndrome de Down, não poderíamos deixar de evidenciar a importância do trabalho que a APAE Salvador desenvolve e seu alto grau de comprometimento em continuar mesmo diante do desafio que foi/tem sido a pandemia.

Andrea Flores é Supervisora de Terapias do CEMED da Apae Salvador

Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade dos autores