ACM Neto defende CPI para investigar preço 'extorsivo' de passagens aéreas

Para ele, Gol, Latam e Azul "cobram o preço que querem"

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  • Luan Santos

Publicado em 17 de junho de 2019 às 21:00

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O prefeito ACM Neto (DEM) defendeu nesta segunda-feira (17) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o setor aéreo por conta da alta nos preços das passagens. Ao anunciar investimento de R$ 800 mil em promoção turística e captação de eventos para a capital, Neto fez duras críticas ao que chamou de "extorsão" praticada pelas três companhias aéreas que atuam hoje no país - Gol, Latam e Azul. 

O crescimento exponencial no valor dos bilhetes ocorreu após a crise da Avianca, que está em processo de recuperação judicial. "Se eu fosse deputado, estava pedindo CPI do setor aéreo.  É uma vergonha sermos reféns de três companhias, que cobram o preço que querem. O que está havendo no setor aéreo hoje é uma extorsão", afirmou o prefeito e presidente nacional do DEM. 

Neto disse que, inclusive, já falou sobre o assunto com parlamentares. "Estamos sendo vítimas de uma política irresponsável no Brasil e o Congresso está sendo passivo. Já cobrei isso dos deputados e agora estou fazendo publicamente", revelou. O prefeito ressaltou que Salvador tem feito seu dever de casa na atração de turistas, o que tem se refletido nos números do setor. 

No ano passado, por exemplo, a capital recebeu cerca de 9,3 milhões de visitantes, número que foi em torno de 5% maior em relação a 2017. Já a média de ocupação hoteleira em Salvador saiu de 48% em 2015 para 63% no ano passado. "Viemos de um ano extraordinário, um verão fantástico, mais de 9 milhões de turistas visitaram a cidade. Agora corremos o risco de dar passos atrás graças a essa crise instalada", disse Neto, ao reforçar que, além dos R$ 800 mil investidos em promoção, a prefeitura vai aplicar ainda cerca de R$ 6 milhões em promoção direcionada às mídias digitais. 

O prefeito ainda lembrou que Salvador já vem perdendo por causa da ausência do centro de convenções, lacuna que será ocupada pelo equipamento construído pela prefeitura e que será entregue no final deste ano. "Nosso maior problema era a falta do Centro de Convenções. A decisão do governo do Estado não vinha. Foi então que a prefeitura chamou para si a responsabilidade. No final do ano, teremos o Centro de Convenções pronto. Teremos um dos maiores centros de convenções do Brasil", disse.