Adeus, gringos! Setor hoteleiro teve ocupação de 85% na Copa América em Salvador

Gringos latinos movimentam o setor de serviços durante os dias de jogos da competição que se despediu de Salvador durante as Quartas de Final

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  • Priscila Natividade

Publicado em 30 de junho de 2019 às 21:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson marinho/ CORREIO

Os jogos da Copa América em Salvador animaram muito os torcedores que foram à Arena Fonte Nova, mas também animaram o trade turístico. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Glicério lemos, a taxa de ocupação em Salvador durante os jogos ficou em 85% na capital baiana. “Foi excelente. A gente precisa desses grandes eventos. É muito importante para a cidade e traz um incremento grande para a economia. Salvador não pode perder estas oportunidades”, destaca. Ao todo, Salvador recebeu cinco jogos na competição. 

Apesar do último jogo na Arena Fonte Nova ter sido sábado (29), quando o Peru eliminou o Uruguai nos pênaltis pelas quartas de final, ainda tem turista de fora chegando para curtir a capital baiana. É o caso das nicaraguenses Ieser e Xiomara mais a colombiana Jenny, que mal chegaram a Salvador neste domingo (30) já estavam aproveitando o Farol da Barra. 

“Estamos empolgadíssimas com a Copa. A gente não conseguiu ver os jogos no estádio, mas com certeza vamos vir aqui para a Barra acompanhar a final”, afirma Xiomara.

Agora, a torcida é para o Brasil. “Domingo voltamos para cá com bandeira e tudo”, garante Jenny. Mas até lá, elas devem curtir alguns dias em Morro de São Paulo e experimentar a famosa caipirinha. “Vamos no barra vento fazer isso agora”, acrescenta Ieser.

Se na Barra tem gente chegando, no Centro Histórico tinha turista se despedindo da cidade. O casal de peruanos Jorge e Janel Lopes, assistiram ontem ao jogo na Arena, vibraram com a classificação do Peru e viajam de volta para o país amanhã de manhã. Porém, a lista do que fazer antes de ir para aeroporto é grande.

“Hoje estamos passeando no Pelourinho e a gente quer também ver o pôr do sol lá do elevador. Noite voltamos para o centro histórico para curtir mais um pouco”, afirma Jorge. Sobre o que mais gostou durante os três dias que passou em Salvador, adivinha só: “Amamos muito a comida. É maravilhosa”. 

Bom de papo e de vendas Quanto ao setor de serviços, as opiniões divergem. Se o vendedor ambulante de camisas Gilmar Marcelino achou pouco vender 600 unidades neste período, o taxista Eduardo Almeida virou até a noite trabalhando. “Minha expectativa era vender 2 mil. Vim do Ceará só para isso. Mas eu ainda tenho esperanças que consiga vender durante a transmissão dos jogos”, ressalta Gilmar, que montou um varal para nenhuma seleção colocar defeito bem ali na Barra.  Foto: Arisson Marinho/CORREIO Para o taxista Eduardo Almeida, quem dominou foram os turistas colombianos, principalmente na região do Centro Histórico. “O movimento melhorou 30% para o sistema de táxi. No dia do jogo da Colômbia eu virei a noite. Foi o melhor dia de todos. Era muito colombiano”. 

O vendedor de picolé, Nilson Costa diz que vendeu sete vezes mais do que o movimento normal. "Só não vendi mais por causa da chuva. Qume vendeu, vendeu quem não vendeu, perdeu". Para ajudar a zerar o estoque ele apelou para o 'portunhol': "foi muito arriba, bienvido e por aí vai. Era gringo demais. Venezuelano, argentino, peruano. A gente tinha que se virar".   

Veja os jogos que aconteceram na Arena Fonte Nova Argentina 0 x 2 Colômbia, Grupo B - 15 de junho, às 19h Brasil 0 x 0 Venezuela, Grupo A - 18 de junho, às 21h30 Equador 1 x 2 Chile, Grupo C - 21 de junho, às 20h Colômbia 1 x 0 Paraguai, Grupo B - 23 de junho, às 16h Uruguai x Peru (jogo 22), quartas de final - 29 de junho, às 16h