Adolescente de SP é criador de um dos perfis do Homem Pateta, diz polícia

Celular dele foi apreendido. Garoto afirmou se tratar de "uma brincadeira"

Publicado em 14 de julho de 2020 às 15:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Uma operação de busca e apreensão aconteceu na sexta-feira (10) na casa de um adolescente de Sorocaba, no interior de São Paulo, suspeito de ser criador de um perfil do Homem Pateta que propôs desafios a crianças ligados a suicídio e automutilação.

A conta usava o nome fictício de Jonathan Galindo e usava uma foto de um homem caracterizado de Homem Pateta.

Pelo menos três estados registraram casos ligados ao Homem Pateta desde junho, além do Distrito Federal - Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Todos estão emitindo alerta para que os pais fiquem atentos a perfis que fazem desafios para crianças.

O adolescente confessou que enviava mensagens do perfil, mas afirmou se tratar de só "uma brincadeira", sem intenções maliciosas. O celular dele foi apreendido e será periciado. A Delegacia de Sorocaba comanda a investigação.

O adolescente poderá responder por atos infracionais como ameaça e instigação ao suicídio. Por ser menor de idade, ele não pode ser preso e é inimputável.

"A investigação realizada demonstra que não existe anonimato na internet e reforça que a Polícia Civil é o filtro permanente da justiça e da legalidade", diz nota da polícia.

Homem Pateta O caso do personagem lembra outras situações similares, como a Baleia Azul e a Boneca Momo, usadas para manipular crianças. Os desafios propostos têm tendência destrutiva e podem chegar ao suicídio.

Os perfis se multiplicaram no último mês, também por conta da divulgação. Há páginas com conteúdo em português e outras em inglês.

O homem que aparece nas fotos usadas é na verdade James Fazzaro, cineasta, maquiador e dono da empresa JMF Filmworks. Ele divulgou imagens fantasiado de Pateta em vários anos, mas até agora não há qualquer sinal de ligação dele com os "desafios".

Há notícias de casos ligados a um "Homem Pateta" desde 2017, na Euorpa e no México. A Polícia Federal afirmou em junho que está ciente dos casos e acompanha. Orientou também que os pais fiscalizem o que os filhos consomem na internet.