Adolescente é assediada por motorista de Uber: ‘14 anos pra cima já é responsável’

Estudante de 17 anos postou vídeo com conversa e denunciou caso no RS; assista

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  • Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 16:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Uma adolescente de Porto Alegre (RS) compartilhou em uma rede social vídeos em que mostra estar sendo assediada por um motorista do aplicativo Uber, mesmo após avisá-lo que é menor de idade. As informações são do site da revista Marie Claire.

Nos stories do Instagram, o motorista diz que a jovem não é incapaz e seria assim se tivesse menos de 14 anos, o que não aparenta ter, em sua opinião. "Não é problema igual. Seria um problema se tu tivesse 13 anos. Eu acho que tu não tem 13 anos. Aí seria uma menor incapaz. De 14 anos pra cima tu já é responsável", comenta ele.

Após dizer que namoraria a jovem se ela não tivesse namorado, ela responde que ele tem idade para ser pai dela, mas o homem devolve ainda mais incisivo no assédio: "Não sou teu pai. Eu faria coisas que o teu pai não faria". Em seguida, ele diz que estava "brincando".

À revista, a Uber disse que considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. A empresa ainda salienta sobre a importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes e avisa que a conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita.

"A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado", comentou.

Ainda em nota, a Uber afirma que como parte do processo de cadastramento para utilizar o aplicativo, todos os motoristas passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por uma empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos pelo próprio motorista e com consentimento deste, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país em busca de apontamentos criminais, na forma da lei.

"A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses. Desde 2018, a empresa tem um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento em projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, que inclui campanhas contra o assédio e podcast para motoristas parceiros sobre violência contra a mulher, entre outras ações. Em novembro, a Uber anunciou um investimento de R$ 5 milhões para continuidade desse compromisso ao longo dos próximos anos", finaliza.