Advogada é assassinada dentro de casa no Paraná; marido é suspeito

Ele fugiu após crime. Sobrinha diz que tia 'tinha pena' dele

Publicado em 24 de abril de 2019 às 20:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Acervo Pessoal

(Foto: Reprodução) A advogada Angelina Silva Guerreiro Rodrigues, 42 anos, foi morta dentro de casa, em Curitiba, no Paraná. O marido dela, Nilson Aparecido Rodrigues, é apontado como o principal suspeito e segue foragido. Angelina era casada há 20 anos e deixou um filho da relação, um rapaz que hoje estuda Engenharia. 

O feminicídio teria acontecido depois de uma discussão entre o casal em um condomínio no bairro Capão Raso, na última segunda (22). A vítima foi então atacada com golpes de faca. Segundo amigos da família ouvidos pelo Uol, Nilson era aposentado por invalidez e sofria de doença de Crohn, uma inflamação do trato gastrointestinal.

O motivo da briga entre os dois ainda é desconhecido. Segundo a Polícia Civil do Paraná, Nilson tinha um mandado de prisão por um outro homicídio, de 1996. Na época, a Justiça determinou que ele fosse internado em um hosital psiquiátrico, por incapacidade intelectual, mas isso nunca ocorreu. 

Ana Paula de Oliveira, 20, sobrinha da advogada, disse que a tia sabia desse caso - Nilson teria matado a ex-companheira, inconformado com o fim da relação. Mas, segundo ela, ele sempre negou o crime e Angelina acreditava na inocência do marido. "Minha tia cuidava de todo mundo. Ela era muito pobre, da região periférica de Vila São Pedro, e mesmo assim sempre sustentou esse homem. Ele nunca trabalhou. Comprou a casa e o carro deles sozinha, pagou a faculdade, se transformou em alguém importante, numa advogada criminalista conhecida e querida na cidade. Mas tinha pena dele". diz a sobrinha. Nilson está desaparecido (Foto: Reprodução) Mórmon convertido, Nilson não bebia e nem fumava, mas era agressivo e já tinha registros de episódios violentos contra Angelina. A mulher, contudo, tinha pena dele. O filho do casal chegou a expulsar Nilson de casa após uma briga, mas ele voltou. No dia do assassinato, o rapaz não estava lá - somente vizinhos ouviram os gritos durante a briga.

Em nota, a OAB Paraná lamentou "profundamente mais este triste caso de feminicídio" e manifestou sua solidariedade à família e aos amigos de Angelina.