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Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2018 às 12:00
- Atualizado há 2 anos
O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira renunciou à defesa do presidente Michel Temer. A decisão foi tomada pelo famoso advogado em consonância com o presidente. Os dois vinham conversando já há algumas semanas e chegaram a um entendimento sobre a renúncia do advogado.>
Impedimento legal e ético é o motivo da saída de Mariz.>
Temer é alvo de três acusações formais da Procuradoria-Geral da República e de mais cinco inquéritos em curso na Polícia Federal.>
O impedimento surgiu a partir do momento em que foram arroladas testemunhas de acusação contra Temer que o próprio Mariz já havia defendido em outras ações. Uma delas é o doleiro Lúcio Funaro, delator de do presidente.>
Um dos processos mais delicados que o emedebista enfrenta é o decorrente do inquérito dos Portos - acusado de supostamente pegar propinas de empresas do setor portuário em troca de um decreto editado em maio do ano passado.>
Desde que Temer virou alvo do cerco da Procuradoria e da PF, inclusive no episódio da delação do empresário Joesley Batista, do grupo J&F, após a emblemática reunião no Jaburu, Mariz vem se empenhando na defesa do presidente. Eles são amigos há muitas décadas.>
Mariz protagonizou capítulo fundamental da defesa do emedebista no célebre embate na Câmara, quando duas denúncias do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot foram enterradas>
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apurou também que, ao longo desse período, Mariz se sentiu incomodado com intromissões de aliados de Temer. O criminalista não admite ingerências em seu método de trabalho e nas teses que defende. Mas, pessoas próximas do presidente vinham reiteradamente se manifestando sobre as investigações, o que causou desgastes.>