Agora é final: Bahia e Ceará se enfrentam na decisão do Nordestão

Bola rola às 16h para o jogo de ida, no estádio de Pituaçu

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 1 de agosto de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia e o estádio de Pituaçu costumam viver uma relação íntima e de felicidade. Foi jogando ali que o tricolor viveu momentos marcantes como o acesso à Série A em 2010 e o título do Campeonato Baiano de 2012, que pôs fim a dez anos de espera por um troféu (ganhou também o estadual de 2014 em Pituaçu). Agora, a segunda casa pode ser o palco de outra glória. 

A partir das 16h deste sábado (1º), o tricolor enfrenta o Ceará no jogo de ida da final da Copa do Nordeste e inicia, em Pituaçu, a busca pelo tetracampeonato do Nordestão. O jogo de volta será terça-feira (4), no mesmo estádio. Isso porque, em função da pandemia de coronavírus, a Bahia é sede única da competição em sua reta final.

“É uma coisa boa, estádio que a gente conhece bem, que a gente vem jogando já, mas não adianta nada jogar em casa e não manter o foco, o ritmo de jogo. Se a gente fizer isso, temos grandes chances de ser campeões”, afirma o zagueiro Juninho.

Os dois times chegam à decisão em bons momentos. O tricolor soma seis triunfos consecutivos no Nordestão, sendo os três últimos justamente em Pituaçu. “É um trabalho que a gente vem buscando desde o início da competição, se manter de forma invicta. A gente não conseguiu isso, mas vem de seis triunfos consecutivos. Isso dá uma maior tranquilidade para o grupo para entrar ainda mais concentrado nessas duas partidas finais”, analisa Juninho.

Já o Ceará é o único clube invicto na competição e renovou o ânimo ao eliminar o rival Fortaleza na semifinal.  O duelo com o Esquadrão, no entanto, vai ter um gostinho de revanche no lado do time baiano. 

Em 2015, Bahia e Ceará também fizeram a decisão do Nordestão. Na ocasião, o alvinegro levou a melhor e ficou com a taça após vencer os dois jogos - 1x0 na Fonte Nova e 2x1 no Castelão. 

De lá pra cá muita coisa mudou. O Bahia deu a volta por cima ao conquistar a ‘Lampions League’ em 2017, se consolidou na Série A e agora tem a chance de se igualar como maior número de troféus da Copa do Nordeste, status pertencente ao rival Vitória, que tem quatro.

Cuidado na bola aérea Para deixar a taça da Copa do Nordeste em Salvador, os jogadores do Bahia sabem que vão precisar entrar em campo atentos, principalmente, a uma jogada especial do time de Guto Ferreira: a bola aérea. 

Foi pelo alto que o Ceará conseguiu vazar o Fortaleza e se garantir na decisão. Assim, Juninho sabe que a atenção na defesa precisa ser redobrada. “Em qualquer jogo a bola parada tem que ter um pouquinho mais de atenção porque pode definir jogo. Em final, claro que temos que tomar mais cuidado ainda com esse requisito, prestar mais atenção para não pecar nesse detalhe”, analisa o defensor.

No retrospecto, o Bahia leva vantagem. Em 69 partidas, venceu 24. O Ceará levou a melhor em 20 e outras 25 terminaram empatadas. 

Este ano, os clubes se enfrentaram na primeira fase do regional e empataram por 2x2 no Castelão, em Fortaleza. O meia Vinícius, ex- Bahia, abriu o marcador para o alvinegro, Gilberto fez dois e virou o jogo, e o empate cearense saiu aos 48 minutos do segundo tempo, com Mateus Gonçalves. 

Na época, a igualdade foi amarga, mas foi ali que o Bahia iniciou a série de sete jogos sem perder no torneio e embalou rumo à decisão, a oitava na história do clube.