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Pedido quer garantir também que ex-ministro não possa ser preso
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2021 às 18:14
- Atualizado há um ano
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quinta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que garanta o direito do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de ficar calado no depoimento que ele dará à CPI da Covid.
O argumento da AGU é que Pazuello deve poder ficar calado caso entenda que não precisa responder a alguma pergunta. O órgão também pede que ele tenha algumas imunidades, garantindo também que ele não poderá ser preso.
Pazuello deveria ter sido ouvido na primeira semana da CPI, mas o depoimento foi adiado porque ele falou que estava em isolamento após ter contato com ex-assessor que testou positivo para o coronavírus. O ex-ministro chegou a pedir um depoimento virtual, que foi negado. Mesmo tendo alegado ter contato com pessoas com covid-19, Pazuello recebeu pessoalmente o ministro Onyx Lorenzoni.
Pazuello foi o ministro que mais durou na Saúde durante a pandemia Ele participou da negociação de vacinas com vários laboratórios.
O ex-ministro já é investigado por uma suspeita de omissão no enfrentamento à crise de saúde no Amazonas. O Ministério Público Federal (MPF) diz que Pazuello sabia que Manaus estava à beira do colapso, com abastecimento de oxigênio medicinal prestes a acabar em dezembro. Ainda assim, só enviou representantes para lá em janeiro.
Há suspeita também que a pasta atrasou o envio de oxigênio para o estado, privilegiando a distribuição de cloroquina, medicamento que não serve para tratar a covid.