Além da covid, Salvador liga alerta para dengue, zika e chikungunya

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  • Leo Prates

Publicado em 12 de março de 2021 às 15:29

- Atualizado há um ano

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Completamos um ano desde que a pandemia do novo coronavírus se tornou parte da nossa rotina. A adaptação a essa nova realidade não foi nada fácil, em 12 meses aprendemos a lidar com perdas e também com conquistas, isso sem esquecer os desafios que enfrentamos perante às mais variadas demandas ao sistema de saúde. 

A pandemia mostrou ao mundo o frágil estado no qual as redes de saúde se encontravam. Para suprir a demanda desse cenário inédito não medimos investimentos, destinando mais de 22% do orçamento geral do município para o setor. Só ano passado, foram R$ 291 mi em suplementação da saúde com recursos próprios. 

Através desse empenho implantamos o Centro de Operações e Enfrentamento de Emergência em Saúde Pública e o Gabinete de Crise, elaboramos e acompanhamos de perto do Plano de Contingência, e protocolos setoriais e intersetoriais, avaliando constantemente os sucessos e desafios para combater o vírus. 

Ampliamos o Samu 192 à maior frota da história da cidade. Nossa operação agora conta com 61 ambulâncias, duas lanchas para atendimento dos moradores das ilhas, além das motolâncias para a resposta das demandas mais urgentes. 

A parceria entre a SMS e instituições de pesquisa; ampliação do diagnóstico da rede de saúde em todos os níveis, e contratação de profissionais; implantação do Núcleo de Apoio e Atendimento ao Trabalhador; incremento da comunicação em saúde; intensificação das ações de Vigilância Sanitária e Epidemiológica e elaboração de um plano consistente de Imunização, também são exemplos de ações que seguirão balizando o combate à pandemia. 

Nosso objetivo é manter o reforço contínuo para garantir que todo cidadão que busque a rede municipal de saúde, por covid-19 ou qualquer outra enfermidade, seja acolhido da maneira adequada. 

Apesar dos avanços, nesse período, sabemos que a vida não parou por conta da pandemia, o sistema de saúde de Salvador passou a ser ainda mais pressionado por quadros epidemiológicos paralelos a exemplo das arboviroses e demais síndromes respiratórias. 

Agora nos aproximamos do período sazonal para transmissão da dengue, zika e chikungunya, onde ocorre a elevação da temperatura, nível pluviométrico e número de casos. Com a rede já saturada, não podemos permitir que uma segunda epidemia corra em paralelo à pandemia sobrecarregando ainda mais nossa estrutura. Assim elaboramos a “Campanha Municipal de Mobilização Contra o Mosquito Aedes”, inspecionando pontos de maior potencial de surgimento dos criadouros.

Para garantir que os nossos agentes tenham segurança no trabalho, o CCZ tem reforçado o treinamento no cuidado e prevenção contra o Covid-19, além intensificar o uso de Equipamentos de Proteção Individual, como álcool 70%, máscaras e luvas descartáveis. 

Este ano teremos 1500 agentes realizando atividades educativas e inspeções. Orientaremos a população sobre o descarte de possíveis criadouros, estimularemos o autocuidado (uso de repelentes, telas e mosquiteiros) e o engajamento da todos nessa luta. 

As infecções respiratórias, por sua vez, registram aumento durante os períodos chuvosos. Analisando a distribuição dos vírus respiratórios em 2019, aqueles com maior circulação na Bahia foram: adenovírus com 19,1% dos casos, a Influenza B, 18,82% e o metapneumovírus, 14,89%. Em 2020, 67,1% dos casos tiveram como diagnóstico o SARS-CoV-2, 12,85% com rinovírus e 5,88% com Influenza A (H1N1). Agora em 2021, a tendência da circulação viral segue com o SARS-CoV-2, em 90,63% dos casos. 

Fortaleceremos a vigilância epidemiológica identificando a circulação dos vírus respiratórios, analisando a patogenicidade, virulência e o surgimento de novos agentes etiológicos, como o SARS-CoV-2, adequando assim a vacina sazonal da gripe, imunizando a população e freando os casos mais graves. 

Seja contra o covid-19, arboviroses ou as síndromes gripais, estamos trabalhando sem parar, e fortalecendo cada vez mais a nossa estrutura para garantir o bem estar dos soteropolitanos. Porém, o sucesso de uma guerra demanda esforço coletivo, por isso a participação ativa de cada cidadão é fundamental. Assim convoco todos a integrarem essa corrente pela saúde de Salvador. Cuidemos de nós e cuidemos dos nossos. Vamos juntos.

Secretário Municipal de Saúde de Salvador