Alunos do Colégio Rotary, em Itapuã, denunciam redução na merenda escolar

Secretaria de Educação diz que alimentação é servida normalmente e que o cardápio tem orientação de nutricionistas

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  • Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2022 às 19:46

. Crédito: Foto: Google Street View

Alunos da Escola Estadual Rotary, localizada no bairro de Itapuã, em Salvador, realizaram um protesto na quinta-feira (14) alegando que recebem uma quantidade menor de merenda que o necessário desde o início deste ano. Segundo relatos de pais de estudantes e funcionários, o número de alunos da instituição aumentou, mas a da comida segue a mesma, o que faz com que eles tenham que receber menos para que todos comam. 

O produtor cultural Cristiano Loureiro, de 49 anos, pai de um dos alunos do colégio, conta que o colégio ainda está usando recursos do ano passado para arcar com os custos da merenda dos alunos. "Não tem merenda, precisa de um processo licitatório para comprar merenda esse ano, já estamos em julho, quando isso vai acontecer? Vão esperar dezembro para regularizar a situação?", questiona. 

"Faltaram professores lá hoje, professores de matemática, português, história e artes. E também a merenda estava a mesma coisa, pouca quantidade e ruim, um arroz doce servido abaixo do meio do copo. O colégio lá tá 'barreado', sem merenda, sem professores", relata um dos estudantes, que afirma que a instituição já serviu macarrão estragado. 

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que a alimentação escolar é servida normalmente no Colégio Estadual Rotary e que o cardápio tem a orientação e o acompanhamento da equipe de nutricionistas da pasta. Para este ano, o Estado alega que destinou R$ 233.880.000 milhões para complementar os recursos da alimentação escolar na rede estadual de ensino, que conta com R$ 60 milhões de investimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A pasta destacou que nesta sexta-feira (15) as escolas da rede estadual de ensino de tempo regular e integral receberam mais duas parcelas destinadas à alimentação escolar no valor de R$ 58 milhões e R$ 6.6 milhões, respectivamente, o que totaliza R$ 64,6 milhões investidos. As duas primeiras parcelas foram repassadas nos meses de março e maio. A iniciativa visa contribuir para a segurança alimentar e nutricional dos estudantes da rede estadual por meio da oferta de alimentação. São servidas aos estudantes cinco alimentações por dia, desde o café da manhã, até a ceia para o turno noturno. Atualmente, são 34 milhões de refeições por mês para os 800 mil alunos matriculados na rede estadual de ensino.

"A SEC também capacita as merendeiras e contratou nutricionistas, que elaboram um cardápio regionalizado. O quadro técnico é composto de 47 nutricionistas, abrangendo os 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs), atuando no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).  Além disso, também são adquiridos gêneros alimentícios oriundos da Agricultura Familiar, a exemplo de frutas, legumes e verduras livres de agrotóxicos", finaliza a pasta por meio de nota.