Apesar do Z4, Ramon pede para esquecer tabela e 'pensar em jogar futebol'

Técnico do Vitória também avaliou a possibilidade de ter Dinei e Samuel juntos em campo

Publicado em 18 de junho de 2021 às 20:14

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Letícia Martins/EC Vitória

O Vitória vem fazendo uma campanha ruim na Série B, e entra para a 5ª rodada na zona de rebaixamento. Até aqui, soma três empates e uma derrota, e ainda busca o primeiro triunfo. Terá a chance de conquistá-lo neste sábado (19), quando enfrenta o Brusque, às 19h, no Barradão.

Para o técnico Ramon Menezes, é preciso deixar de lado a posição na tabela e focar na partida. Desta forma, o time terá condições de ganhar na competição."Primeiro, a gente tem que esquecer um pouco a tabela e pensar em jogar futebol. Acho que nosso pensamento tem que ser único e exclusivamente esse. É ter o prazer, com a bola e sem a bola, fazer um grande jogo diante do adversário. Jogando em casa, sem dúvida nenhuma, se fizermos isso contra um grande adversário, que é o Brusque, nós temos condições de buscar nosso objetivo", afirmou o treinador.O setor ofensivo tem sido um problema para o Vitória na Série B. Nos quatro jogos que disputou, marcou apenas um gol. É o time com o pior ataque na competição, empatado com Sampaio Corrêa e CSA. Por outro lado, a defesa foi vazada apenas duas vezes. Ramon falou sobre a busca pelo equilíbrio nos setores.

"A gente está trabalhando muito, não para. Praticamente 24h por dia respirando o Vitória nesses 10, 11 dias de clube. E passando muita informação para o atleta. Sem poder fazer tudo aquilo que, com o tempo, naturalmente, você consegue fazer. Mas o entendimento tem sido bom. Nós temos que buscar o equilíbrio, que eu venho batendo muito, da fase defensiva com a fase ofensiva. Você não tomar gols e fazer gols. Nós temos três jogos e temos um jogo dificílimo pela frente, contra o Brusque. Mas, jogando em casa, em busca do equilíbrio e do resultado", comentou."O mais importante é que está todo mundo aqui pronto para jogar. Quem não teve oportunidade ainda comigo e aqueles que vêm tendo oportunidade. Então é estar focado, ligado. E a formação que eu colocar em campo vai dar o seu melhor, eu tenho certeza", completou Ramon.O técnico também falou sobre a possibilidade de montar a equipe com Dinei e Samuel juntos. Mas apenas em determinados momentos da partida. 

"Dinei e Samuel já atuaram juntos. Se você assistiu ao jogo contra o Inter, percebeu que entramos com duas linhas de quatro, e os dois jogadores lá. Isso parte muito do jogo. Podem, sim, atuar juntos em determinados momentos do jogo. Acho que, começar com uma formação dessa, você não busca o equilíbrio ideal que pensamos".

Confira outros trechos da entrevista de Ramon Menezes:

Qual a melhor formação? A gente está buscando a melhor formação. Começo de trabalho, tem o desgaste físico, que é absurdo, tempo muito curto de recuperação. Conhecimento também dos atletas. Mas uma confiança muito grande de sempre crescer.

Ronan Ronan está em processo de transição. Ele teve uma lesão assim que eu cheguei. Eu o vi muito pouco. Estou vendo muito material relacionado a Ronan, dele no Campeonato Baiano. É um jogador rápido, inteligente para jogar, bom no duelo um contra um. Ele está treinando. Na oportunidade que tiver, vamos levá-lo. Prepara-lo bem nesse processo de transição para que, quando ele voltar, não sentir mais nada e estar totalmente à nossa disposição.

Falta homem de criação? Nós temos esses jogadores. Temos Soares, Eduardo, que joga nessa função. O próprio Guilherme (Santos), que, mesmo sendo um extremo, é um meia de ofício. O próprio Bruninho. São jogadores que podem atuar nessa função.

Intervalo curto entre partidas tem sido problema? Não precisa nem falar. Eu, aqui, nunca usei como desculpa. E vocês não vão me ver falar, usar isso como desculpa. Quando eu tive a oportunidade de assumir o Vitória, naquele jogo lá do Inter, eu já quis logo ir para o campo, fazer os trabalhos, treinar. Neste momento, é o momento que tenho que é muito curto, muito mais na conversa, mostrando muitos vídeos para os jogadores, para fazer as correções. Mostrar o adversário. É muito mais na conversa. E fazer um pouquinho ali dentro. Porque também tem o desgaste, a recuperação dos atletas. Mas, sem dúvida nenhuma, não é o ideal. O ideal é ter pelo menos uma semana cheia, para que eu pudesse trabalhar. Mas não tem desculpa. É ir lá para dentro. Estou conversando muito com os atletas. Estou sentindo que está tendo uma entrega. Tem sido um trabalho de olho no olho, passando o que eu vejo sobre futebol e que eles também, tenho certeza, sabem a respeito de futebol. Futebol é você se doar o tempo todo, é a entrega. Mas essa entrega, essa intensidade, com organização. Isso tudo aí estamos buscando, mesmo com esses poucos dias, e com três jogos em sequência.

A gente tem trabalhado muito nesse pouco tempo. Tem conversado muito, mostrado muito, principalmente aquilo que está faltando. Nesses três jogos, teve muita coisa boa. Mas é início de trabalho, é uma construção. Vejo futebol partindo de uma construção. De muito entendimento, de muita entrega desses jogadores. Eles já me mostraram que conseguem fazer isso. A prova disso é aquele jogo contra o Inter. É confiança no trabalho, porque é uma construção.