APLB descumpre decisão judicial e mantém greve de professores

Entidade alega não ter sido notificada pela Justiça; multa é de R$ 20 mil por dia

Publicado em 30 de maio de 2022 às 17:37

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Divulgação

A APLB Sindicato descumpriu a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia e manteve a greve dos professores da rede municipal. A ordem judicial passou a vigorar nesta segunda-feira (30), mas a entidade realizou atos em frente a escolas em diversos bairros de Salvador. De acordo com a sentença, expedida na sexta-feira (27), o movimento grevista tem “claros indícios de ilegalidade e abusividade”.

A Justiça proíbe que a APLB faça bloqueios para impedir o acesso de servidores às repartições públicas e escolas. A decisão também determina que a APLB se abstenha de praticar qualquer outro ato capaz de prejudicar o funcionamento, ainda que parcial, dos serviços públicos em questão, no prazo máximo de 24 horas. A multa em caso de descumprimento é de R$ 20 mil por dia.

Mesmo após a decisão judicial, a APLB manteve a paralisação e convocou atos, com divulgação nas redes sociais da entidade, para esta segunda. Os representantes do sindicato protestaram em frente a cinco sedes das Gerências Regionais de Educação (GRE), unidades do Subúrbio Ferroviário, Cajazeiras, Pirajá, Liberdade e São Cristóvão.

No bairro de Itacaranha, vídeos divulgados nas redes sociais dos grevistas mostram que a manifestação bloqueia a entrada principal da Escola Municipal Deputado Cristóvão Ferreira.

Nas redes sociais, a APLB emitiu nota dizendo que “não tem conhecimento da veracidade dessa decisão (judicial)” e que “orienta a categoria a cumprir a agenda aprovada na assembleia” realizada na sexta-feira. A entidade, porém, antecipou a próxima assembleia, de quarta para terça-feira.

Em nota publicada após a decisão judicial, a Prefeitura disse que “irá garantir o funcionamento das unidades de ensino” e que “os professores que forem para as salas de aula não terão corte em suas folhas de ponto”.