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Rede Nordeste, JC
Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 09:50
- Atualizado há 2 anos
Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar, nesta quinta-feira (20), o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que não sejam imunocomprometidos, os governadores do Nordeste cobraram do Ministério da Saúde urgência na compra do imunizante anticovid, fabricado pelo Instituto Butantan no País.>
Ofício assinado pelo novo presidente do Consórcio Nordeste, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), enviado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que "é incontornável a urgência de completarmos a vacinação de crianças e adolescentes no Brasil".>
Mais cedo, Queiroga disse em uma rede social que o governo federal considera incluir a CoronaVac para crianças e adolescentes na campanha nacional de vacinação, mas que aguardará a publicação da decisão da Anvisa no Diário Oficial da União (DOU). "Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19). Aguardamos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU.">
Liberação da CoronaVac para crianças A vacina é a mesma usada em adultos, e o esquema para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos é igual ao que já é feito para as pessoas a partir de 18 anos: são duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. A autorização ocorreu após um novo pedido de uso emergencial feito pelo Instituto Butantan em 15 de dezembro. A liberação não contempla pessoas desse grupo que são imunocomprometidas, aquelas que têm baixa imunidade. Mas a aplicação está autorizada para as crianças e adolescentes dessa faixa etária com comorbidades - ou seja, com doenças crônicas ou condições que podem agravar a infecção pelo coronavírus.>
A decisão da Anvisa foi unânime: todos os cinco diretores da Anvisa foram favoráveis - Meiruze Sousa Freitas (relatora), Alex Machado Campos, Rômison Rodrigues Mota, Cristiane Rose Jourdan e Antônio Barra Torres (diretor-presidente). O Instituto Butantan havia solicitado a autorização para uso da CoronaVac a partir de 3 anos, mas a agência optou por esperar resultados de mais estudos feitos com crianças abaixo dos 6 anos.>
Ao final da votação, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, ressaltou que não é a agência que vai determinar quando se inicia a imunização, já que a distribuição de doses e o cronograma dependem dos Estados e especialmente da operacionalização do Ministério da Saúde.>
Ainda na tarde desta quinta (20), São Paulo iniciou a aplicação da CoronaVac no público infantil. O estudante Caetano Moreira, de 9 anos, foi a primeira criança daquele Estado a ser vacinada com a CoronaVac. Além dele, mais 99 crianças foram imunizadas.>
As informações sobre a CoronaVac, enviadas à Anvisa e que baseiam o pedido de autorização para uso emergencial na população pediátrica, incluem um dossiê de segurança com os dados de 211 milhões de crianças e adolescentes que receberam a CoronaVac na China e os dados de efetividade da vacinação com o imunizante no Chile, onde ele já foi aplicado em mais de 1,5 milhão de crianças e adolescentes.>