Após desabamento, atracadouro de São Tomé de Paripe é interditado

Responsável pelo equipamento, governo diz que empresa contratada para recuperar terminal tem pendências com prefeitura

Publicado em 4 de dezembro de 2021 às 16:06

- Atualizado há 10 meses

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. por Foto: Carmen Vasconcelos/CORREIO

Após um trecho do atracadouro de São Tomé de Paripe desabar e deixar ao menos uma pessoa ferida (três delas caíram na água após uma parte da estrutura ceder), o acesso ao equipamento foi interditado pela Defesa Civil do Salvador (Codesal), na tarde deste sábado (4). 

O terminal marítimo, que é de responsabilidade do Governo do Estado, está prestes a passar por obras de recuperação, tendo inclusive uma empresa contratada para fazer o serviço. Trata-se da Tecnocret Engenharia, que segundo a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) “está atendendo as solicitações da Prefeitura para a liberação das licenças obrigatórias do serviço”.

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O governo informou que, após o incidente, acionará a Tecnocret para que conclua os trâmites junto à Prefeitura. “Após a finalização da obra, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba) fará a concessão do terminal, que deverá ser administrado pela empresa vencedora”, comenta em nota a Seinfra, ao lembrar que a empresa já tem autorização por parte do governo para início das obras. 

“O Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe será interditado temporariamente para que os reparos sejam feitos. A obra não teve início até o momento porque a empresa vencedora, Tecnocret Engenharia, está atendendo as solicitações da Prefeitura para a liberação das licenças obrigatórias do serviço”, explica a pasta.

Pendências Também em nota, a Prefeitura de Salvador lamentou o ocorrido e esclareceu que, “mesmo não sendo a responsável pela administração do atracadouro de São Tomé de Paripe, tem acompanhado a situação do equipamento, estando sempre à disposição para auxiliar, dentro da competência municipal, para a resolução do problema.”

Ainda de acordo com a administração municipal, a Tecnocret Engenharia Ltda, responsável pela obra de recuperação do atracadouro, deu entrada no processo para a execução das intervenções, junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), no dia 23 de julho deste ano.

“Quatro dias depois (27/07/2021), após análise realizada pelos técnicos do órgão, a secretaria solicitou alguns documentos que, até o momento, não foram apresentados pela empresa. A Sedur ressalta que o processo foi analisado com celeridade e aguarda apenas que as pendências sejam sanadas, por parte da empresa/governo estadual, para que haja o prosseguimento do processo”, explica o comunicado.

Ainda de acordo com a Prefeitura, no último dia 11, a Codesal fez uma vistoria no local e, através da avaliação técnica que constatou os sérios riscos causados pela falta de manutenção, foi informada a situação à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e à Seinfra estadual, “para a tomada das providências necessárias acerca dos riscos encontrados, com o objetivo principal de garantir a segurança civil e preservação da vida dos cidadãos.”

Situação se arrasta “Por sorte, não houve nenhuma morte, mas algumas pessoas ficaram feridas. Agora o cidadão que todo santo dia pega seu barco às 6/7h da manhã para ir trabalhar na cidade vai ter que tirar os sapatos e a calça para não se molhar ao descer dos barcos. Que lástima!”, protestou o perfil da pousada Casazul Ilha de Maré, que recebe hóspedes que usam o equipamento.

Um dia antes do ocorrido, outro perfil de Instagram que costumava denunciar a situação do terminal havia mostrado uma foto mostrando que o trecho que caiu estava bastante comprometido. "Essa é a ponte do terminal marítimo de São Tomé de Paripe. Vão esperar cair mesmo né, senhores governantes???", diz no post. Foto: Reprodução