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Após especulações, Ufba explica presença de militares do Exército em campus


 

Alunos estranharam homens das Forças Armadas tirando fotos em horário de aula

  • Da Redação

Publicado em 03/05/2019 às 16:30:00
Atualizado em 19/04/2023 às 17:50:05
. Crédito: Reprodução/Twitter

Uma celeuma foi instalada entre estudantes e professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) após circular nas redes sociais, na manhã desta sexta-feira (3), imagens de homens com fardas do Exército andando por um campus da instituição, em Salvador. 

Na semana em que a instituição sofreu uma ameaça de ‘retaliação’, por parte do ministro Abraham Weintraub, que disse ter identificado “atos de balbúrdia” na instituição, justificando cortes de 30% no orçamento da instituição (depois estendido a todas as federais), os estudantes estranharam a presença dos militares que tiravam fotos no Pavilhão de Aulas da Federação (PAF).“Você sai da aula e vê cinco militares no PAF 3 com caderninhos entrando nas salas e anotando coisas. Tinha um professor que parecia confuso meio que guiando eles”, relatava, nessa quinta (2), um internauta. Apesar das especulações em torno do assunto, a situação foi explicada pela Reitoria da instituição: o Exército vai realizar um concurso nacional para sargentos na instituição, e a visita serviu apenas para os militares verificarem as instalações para a realização do certame. 

“Um grupo de militares do Exército Brasileiro, realizou visita técnica à Universidade Federal da Bahia, nesta quinta-feira, dia 02 de maio, com vistas à utilização de espaços da UFBA em concurso nacional para sargentos. Este concurso, que acontece em Pavilhões de Aula da Federação (PAF) desde 2014, ocupará neste ano, no dia 04 de agosto, salas dos PAF 1, 3 e 4”, disse a Ufba, em nota enviada pela assessoria.

Repercussão nacional No Twitter, uma das postagens ganhou repercussão nacional, sendo inclusive reproduzida pelo apresentador do Bom Dia Brasil, Chico Pinheiro.

“URGENTE: Militares do exército estão na UFBA em Salvador fotografando cartazes, pichações e anotações nos quadros das salas de aula. Segundo relatos de alunos eles estão com diversas planilhas nas mãos e tirando fotos por onde passam, ninguém sabe o que está acontecendo”, dizia o texto do internauta Kallil Oliveira, que em seguida publicou a retratação.

A situação também foi relatada por diversos veículos de imprensa nacional durante a manhã e, em seguida, retificada.