Após feriadão, ferry boat tem espera de até 2h30 para embarque de veículos

Movimento no Terminal de Bom Despacho foi intenso no início da tarde; CORREIO foi ao ferry e à Rodoviária no final da tarde e encontrou menos pessoas

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  • Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2020 às 19:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O movimento no sistema ferry-boat no sentido Ilha de Itaparica-Salvador foi intenso pela manhã e pela tarde desta segunda-feira (2). Segundo a Internacional Travessias Salvador, administradora do sistema, o fluxo de veículos era grande no retorno do feriadão do Dia de Finados, o que fez com que a espera para os automóveis embarcarem no Terminal de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, chegasse até 2h30. Já pedestres esperaram cerca de 2h para o embarque.

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No sentido oposto, o fluxo de passageiros foi tranquilo. O movimento era moderado no final da tarde, quando o CORREIO esteve no terminal de São Joaquim.

Nesta segunda-feira, cinco embarcações estão em operação até as 22h. São elas: Zumbi dos Palmares, Anna Nery, Ivete Sangalo, Dorival Caymmi e Pinheiro. As viagens ocorrem de hora em hora.

A reportagem também esteve no Terminal Rodoviário de Salvador no final da tarde e observou um fluxo moderado de passageiros - movimento bem abaixo do que o registrado no mesmo feriado em outros anos. Confira fotos abaixo. Deslize para ver outras imagens.

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A chuva forte que caiu sobre Salvador também tornou a ida aos cemitérios ainda mais melancólica neste feriado de Finados. O movimento foi pequeno na maior parte deles. No Jardim da Saudade, em Brotas, poucas pessoas arriscaram fazer alguma visita pela manhã. Já no Campo Santo, na Federação, o movimento foi um pouco mais intenso.

As administrações desses espaços já esperavam que a procura fosse menor esse ano por conta da pandemia e porque muita gente antecipou as homenagens, mas a chuva tornou a quantidade de visitantes ainda mais inferior. A aposentada Isabel Fernandes, 68 anos, e a filha dela, Ana Maria Fernandes, 40, foram algumas das poucas pessoas que saíram de casa.

"Esse é o primeiro Dia de Finados desde o falecimento de meu pai e, por isso, fizemos questão de vir. Eu tentei convencer minha mãe a ficar em casa, mas ela insistiu para fazer essa homenagem. Estamos de carro, então, vai ser um visita rápida e já voltamos", contou Ana Maria. 

O barulho da chuva foi o único a quebrar o silêncio nos cemitérios nessa manhã. As famílias fizeram as homenagens de forma discreta. No cemitério do Campo Santo as estátuas que adornam os túmulos pareciam chorar com as gotas da chuva, e deixaram o clima ainda mais respeitoso.

As irmãs Maria Vitória Alves, 36, e Maria Júlia Almeida, 34, levaram flores para a mãe. Foi um momento de emoção para as duas. "Dias de Finados, o dia do aniversário dela, e o dia das mães são sempre datas complicadas para a a gente. Mas é importante fazer essa homenagem", disse Maria Vitória.

Os cemitérios da capital ofereceram missas de forma virtual e permitiram a presença do público em algumas celebrações. Flores brancas e amarelas foram as mais comuns vendidas do lado de fora, e a maioria dos visitantes era mulher.