Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2020 às 13:17
- Atualizado há 2 anos
Em plena pandemia da covid-19 e após mais de 16 mil mortos pela doença, o presidente Jair Bolsonaro tem recebido sugestões de médicos, militares, deputados e até um youtuber para assumir o cargo de ministro da Saúde. O presidente, por sua vez, tem dito a interlocutores que pode levar algumas semanas para a escolha do sucessor de Nelson Teich, que se demitiu na sexta-feira, 15.>
Bolsonaro quer evitar o desgaste de uma nova demissão ao colocar no cargo alguém alinhado a ele em questões como uso da cloroquina e distanciamento social. A dificuldade é justamente encontrar um nome que, além de concordar com o presidente, receba o mínimo de respaldo da comunidade médica.>
Até a escolha de novo ministro, o secretário executivo da Saúde, general Eduardo Pazuello, ocupa interinamente o comando da pasta.>
Enquanto isso, alguns nomes se movimentam nos bastidores. A oncologista Nise Yamaguichi é lembrada desde a gestão de Luiz Henrique Mandetta (DEM), demitido em 16 de abril. Ela apoia o uso precoce da hidroxicloroquina. Nise se reuniu ontem, em Brasília, com o médico e youtuber Italo Marsili, defendido por parte da militância pró-Bolsonaro ao cargo de ministro da Saúde.>
Marsili admite ser candidato ao cargo, mas disse ao Estadão que "não poderia revelar" se recebeu sondagem de algum integrante do governo. No fim de abril, o médico participou de uma "live" ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).>
Além do youtuber, o ex-secretário de Saúde de Roraima Allan Garcês também se lançou ao posto. Ele escreveu no Twitter que não foi oficialmente sondado, mas "sabe" que seu nome já "chegou" ao Planalto.>
Crítico ao distanciamento social, deputado federal Osmar Terra (MDB) também agrada a uma parte da militância de Bolsonaro. Ele atuou como ministro da Cidadania até fevereiro, quando foi dispensado pelo presidente.>
Outro nome citado nos corredores do Palácio do Planalto é o do diretor de Saúde da Marinha, o vice-almirante Luiz Fróes. Desde a saída de Mandetta, no mês passado, nomes ligados às Forças Armadas passaram a ocupar cargos estratégicos na pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.>