Após três prisões, ex-governadora Rosinha Garotinho vira doceira

Ela transformou a sua casa para fazer doces sob encomenda

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 10:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A ex-governadora do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho está investindo um novo ramo: a confeitaria. Ela transformou a sua casa para fazer doces sob encomenda. 

Segundo informações do jornal Extra, ela mesmo fez as adaptações em sua casa para conseguir dar conta dos pedidos. "A estante eu tinha, dei uma demão de tinta nela. E isso aqui (pano que faz as vezes de porta de armário) era um pedaço de cortina que cortei e fiz a renda. Alguns potes de ingredientes eu também fiz. Aqui eram dois potes de salsicha, que uma vez encomendei pra fazer cachorro-quente. Eu decorei", contou, em entrevista ao jornal.

Rosinha disse ainda que cozinhar é uma paixão antiga. Sua produção culinária inclui brigadeiros gourmet e chocotones. A ex-governadora aceita de bom grado a comparação com a personagem Maria da Paz, interpretada por Juliana Paes na novela “A dona do pedaço”. "A história da personagem é de superação, por tudo que a Maria da Paz passou. Então, tudo bem ser comparada com a boleira", disse.

A ex-governadora diz fazer compras na Saara, em redes atacadistas e até mesmo na xepa da feira. E, assim como Maria da Paz, Rosinha diz vender seus doces até na rua. "No lugar onde eu faço o cabelo, consegui vender 40 brigadeiros".

Prisões Ela já foi presa três vezes e agora evita falar de política. "Tudo deixa um trauma". A última prisão do casal Garotinho foi no dia 30 de outubro.  

Garotinho e Rosinha são acusados pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) pelo superfaturamento de R$ 62 milhões em contratos celebrados entre a prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, e a construtora Odebrecht, para a construção de casas populares dos programas "Morar Feliz I" e "Morar Feliz II" Os crimes teriam acontecido durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita, entre 2009 e 2017. Entre 2015 e 2016, seu esposo foi Secretário do município.

O casal afirma ser inocente e se diz vítima de perseguição política.

As licitações supostamente superfaturadas envolveram mais de R$ 1 bilhão, e, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, deram aos cofres públicos prejuízo de mais de R$ 62 milhões. Segundo a acusação, a Odebrecht pagou R$ 25 milhões de propina no âmbito de tais contratos.

A prisão anterior do casal se deu no dia 3 setembro durante a Operação Secretum Domus. Os ex-governadores, no entanto, foram soltos um dia depois.